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Paradoxo asiático embasa presença americana
DA SUCURSAL DO RIO
O pano de fundo da disputa
sobre as bases americanas em
Okinawa é o que se poderia
chamar de paradoxo asiático:
cada vez mais integrados na
economia, os países da região
mantêm rivalidades que bloqueiam medidas de confiança
na área de segurança.
A contradição é notável no
caso do Japão. Na última década, a China tornou-se a primeira parceira comercial do país,
substituindo os EUA. Mas os
americanos não se cansam de
lembrar que os japoneses dependem da sua proteção diante
da modernização das Forças
Armadas chinesas e de uma Coreia do Norte nuclear.
"O Japão tem poucas opções
para aliados confiáveis na Ásia,
devido a seu fracasso em resolver as disputas pendentes da 2ª
Guerra Mundial", diz Josh Rogin, da revista "Foreign Policy".
Para Rogin, o relacionamento "terrível" com os vizinhos levou o Japão a subordinar sua
política externa à dos EUA. "O
desempenho do país em organizações internacionais empalidece quando comparado à sua
posição econômica."
Apesar disso, os EUA se preocupam com o que veem como
crescente autonomia da integração asiática. O Asean + 3
-grupo que une China, Japão e
Coreia do Sul aos dez países da
Associação das Nações do Sudeste Asiático- tem se mostrado mais efetivo do que a Apec
(Cooperação Ásia-Pacífico),
que inclui os EUA.
A busca por soluções regionais para problemas econômicos se acentuou depois da crise
financeira do final dos anos 90.
Na área de defesa, porém,
não há avanços. O Fórum Regional da Asean, reunião anual
sobre segurança e "diplomacia
preventiva", não debate conflitos mais candentes, como as
disputas China-Taiwan, Índia-Paquistão e o programa nuclear
norte-coreano.
(CA)
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