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Austrália usou atentados para justificar nova lei
DA REDAÇÃO
No que se refere a políticas de
imigração e de admissão de refugiados, o impacto do 11 de setembro foi relativamente importante na Austrália.
"Os efeitos dos ataques terroristas nas políticas australianas
de imigração e de refugiados
não foi direto. Afinal, as leis já
se tinham tornado mais estritas
no final de agosto do ano passado", explicou à Folha James
Jupp, diretor do Centro para
Imigração e para Estudos Multiculturais da Universidade Nacional da Austrália.
"A interceptação do navio
Tampa, que transportava refugiados afegãos, causou enormes mudanças nas políticas de
imigração. Em seguida, os
atentados nos EUA serviram
para justificar parcialmente a
tomada de medidas restritivas", disse. "Nas principais medidas está incluída a criação de
um novo visto temporário, que
não permite que os imigrantes
ilegais ou aqueles que demandam asilo político consigam
autorização de residência e
possibilita o envio deles a Nauru ou a Papua-Nova Guiné."
"Um refugiado que se enquadra nas definições estabelecidas pela ONU ou nas leis humanitárias australianas tem
amplos direitos no país. Porém
os que não se inserem nessas
definições nunca terão direito à
cidadania australiana ou à assistência social", disse Jupp.
No Japão, os estrangeiros
bem-vindos são os trabalhadores qualificados. "As políticas
de imigração japonesas respeitam uma lógica básica: prover
o mercado de trabalho do que
lhe falta", afirmou Jean-Christophe Dumont, especialista em
imigração na Ásia da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos.
Para Dumont, o efeito visível
dos ataques de 11 de setembro
na situação dos estrangeiros
diz respeito à "intensificação
da colaboração policial dos países, visando a ajudar na "guerra
ao terrorismo'".
(MSM)
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