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Crítica a Israel sela único acordo de cúpula árabe
DA REDAÇÃO
Sem conseguir um acordo sobre o impasse político que deixou o Líbano sem presidente há
cinco meses, os participantes
da cúpula anual da Liga Árabe
tentaram demonstrar sua
união ao adotar uma declaração final que adverte Israel sobre a possibilidade de os países
árabes recuarem da proposta
de paz feita em 2002 e reiterada no ano passado.
A declaração final de Damasco, lida ao fim do encontro de
dois dias pelo secretário-geral
da Liga, Amr Mussa, diz que a
oferta árabe de paz e normalização diplomática com Israel
em troca da retirada dos territórios ocupados em 1967 continua válida. Mas o texto insiste
que ela pode ser retirada caso o
Estado judeu "não mude de atitude" -uma referência à ambigüidade do governo israelense
sobre a proposta.
A advertência a Israel foi o
único denominador comum do
encontro.
O Iraque não assinou a declaração final por avaliar que o
texto deveria "condenar o terrorismo".
Metade dos 22 líderes da Liga
Árabe, incluindo os de Arábia
Saudita, Egito e Jordânia, boicotou o encontro de Damasco,
acusando a Síria de bloquear a
eleição presidencial libanesa.
Em meio ao conturbado cenário no Oriente Médio, a secretária de Estado americana,
Condoleezza Rice, fez ontem
sua segunda viagem à região em
um mês, em mais uma tentativa de alavancar o diálogo entre
israelenses e palestinos.
No que é considerado um
avanço, o governo israelense
prometeu a Rice que 50 postos
de controle serão desmantelados na Cisjordânia, entre outras medidas para facilitar a circulação de pessoas e mercadorias no território palestino
Outro sinal de otimismo veio
do líder do Hamas Khaled Meshaal, que vive exilado na Síria.
Ele anunciou que o soldado israelense Gilad Shalit, capturado por militantes palestinos
perto da faixa de Gaza em 2006,
está "vivo e é bem tratado".
Com agências internacionais
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