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Vice dos EUA quer acordo antes de levantar embargo
DA REDAÇÃO
O vice-presidente Joe Biden
disse ontem que os EUA esperam "um firme compromisso"
de Cuba com a democracia e os
direitos humanos antes de levantar o embargo econômico
que já dura 47 anos. A declaração foi dada depois de encontro
com líderes centro-americanos
em San José, na Costa Rica.
"Eu e o presidente Barack
Obama fizemos campanha com
uma plataforma em que nos dizíamos dispostos a estender a
mão, e acho que é o que vocês
nos verão fazer", disse. "Há, porém, a automática necessidade
de compromisso [de Cuba]. E o
compromisso é com a democracia e os direitos humanos."
No fim de semana, Biden
afirmara que, antes da suspensão do embargo, "os cubanos
devem definir o seu futuro e
poder viver em liberdade".
Ontem, o ex-ditador cubano
Fidel Castro disse em texto na
internet que as declarações do
vice são "lamentos que dão pena. Sobretudo quando não existe um governo [na região] que
não veja nessa medida [o embargo econômico] um resquício do passado".
A reunião de Biden com os
centro-americanos foi preparatória para a Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago,
entre 17 e 19 de abril. A cúpula
será o primeiro compromisso
oficial de Obama na região.
Biden pediu "paciência" aos
centro-americanos que cobraram dos EUA uma nova política
migratória e a ampliação do
Status de Proteção Temporária
que hoje beneficia 300 mil salvadorenhos, nicaraguenses e
americanos nos EUA.
Hoje, um grupo de senadores
dos EUA deverá apresentar um
projeto de lei que acaba com todas as restrições às viagens de
americanos a Cuba. A medida,
que já enfrenta a oposição do
lobby anticastrista, tem o apoio
de entidades comerciais e agrícolas do país e de grupos de direitos humanos.
No começo do mês, o Congresso americano afrouxou as
restrições sobre a frequência de
viagens à ilha, o tempo de estadia e licenças para visitas a trabalho. Os senadores que apresentarão o projeto pretendem
extinguir as restrições até a Cúpula das Américas.
Com agências internacionais
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