São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2010

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Senador russo propõe restaurar pena de morte no país

DA REDAÇÃO

O atentado contra o metrô de Moscou levou as autoridades russas a prometerem um reforço nas medidas de combate ao terrorismo e melhoras no norte do Cáucaso, a região problemática vista como fonte da ação.
O brado mais forte foi o de Anatoli Liskov, presidente da Comissão de Justiça do Senado. Ele anunciou que irá estudar emenda que imponha pena de morte a terroristas cujas ações matarem muitas pessoas. O código penal russo, atualmente, prevê prisão perpétua como pena máxima, independentemente do total de vítimas. "Devemos propor à sociedade uma variante de castigo penal, para que as pessoas que planejarem um atentado conheçam o que as aguarda."
Não é a primeira vez que legisladores russos ameaçam retomar a pena de morte em reação a um ataque. O país decretou uma moratória sobre a pena em 1996, por imposição do Conselho da Europa, mas jamais a aboliu pois ela conta com amplo apoio popular.
Mais ameno, o presidente Dmitri Medvedev pediu ao Judiciário que proponha formas de "aperfeiçoar" as leis antiterror russas e exortou órgãos do seu governo a azeitar a coordenação com governos provinciais de modo a melhorar a vida do norte do Cáucaso e, assim, atacar "as causas" do problema.
Essas declarações chamaram a atenção de opositores para os quais o governo usará o pretexto antiterrorista para restringir liberdades civis. "Eu sei o que as autoridades vão fazer. Retomarão a perseguição à oposição, aumentarão a censura e a espionagem política. Mais policiais dispersarão atos da oposição. Mas não nos salvarão do terrorismo", disse Boris Nemtsov, líder opositor, em artigo à revista virtual Grani.ru.

Com agências internacionais



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