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Senador russo propõe restaurar pena de morte no país
DA REDAÇÃO
O atentado contra o metrô de
Moscou levou as autoridades
russas a prometerem um reforço nas medidas de combate ao
terrorismo e melhoras no norte
do Cáucaso, a região problemática vista como fonte da ação.
O brado mais forte foi o de
Anatoli Liskov, presidente da
Comissão de Justiça do Senado. Ele anunciou que irá estudar emenda que imponha pena
de morte a terroristas cujas
ações matarem muitas pessoas.
O código penal russo, atualmente, prevê prisão perpétua
como pena máxima, independentemente do total de vítimas. "Devemos propor à sociedade uma variante de castigo
penal, para que as pessoas que
planejarem um atentado conheçam o que as aguarda."
Não é a primeira vez que legisladores russos ameaçam retomar a pena de morte em reação a um ataque. O país decretou uma moratória sobre a pena em 1996, por imposição do
Conselho da Europa, mas jamais a aboliu pois ela conta
com amplo apoio popular.
Mais ameno, o presidente
Dmitri Medvedev pediu ao Judiciário que proponha formas
de "aperfeiçoar" as leis antiterror russas e exortou órgãos do
seu governo a azeitar a coordenação com governos provinciais de modo a melhorar a vida
do norte do Cáucaso e, assim,
atacar "as causas" do problema.
Essas declarações chamaram
a atenção de opositores para os
quais o governo usará o pretexto antiterrorista para restringir
liberdades civis. "Eu sei o que
as autoridades vão fazer. Retomarão a perseguição à oposição, aumentarão a censura e a
espionagem política. Mais policiais dispersarão atos da oposição. Mas não nos salvarão do
terrorismo", disse Boris Nemtsov, líder opositor, em artigo à
revista virtual Grani.ru.
Com agências internacionais
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