DA REUTERS

O ator americano Sean Penn, militante pacifista, publicou ontem uma carta aberta para criticar a guerra no Iraque. O texto ocupou toda uma página no primeiro caderno do jornal "The New York Times".
Penn, 42, que esteve em dezembro em Bagdá, comprou o espaço de um anúncio para divulgar o texto em que se diz "movido por um senso de patriotismo" ao questionar a política americana para derrubar Saddam Hussein, a quem chama de "uma besta entre os homens".
"Nossa bandeira tremula, parece, a serviço de uma mudança de regime que beneficia significativamente as corporações americanas", escreveu o ator, questionando se a reconstrução beneficiará a população iraquiana ou mesmo a americana. O ator diz ainda que o secretário de Estado, Colin Powell, apresentou à população americana e ao mundo provas "plagiadas e fictícias" das supostas armas de destruição em massa iraquianas.
O texto publicado ontem não é o primeiro que Penn divulga em um grande jornal. Em outubro de 2002, ele comprou, por US$ 56 mil, o espaço de um anúncio no "Washington Post" e publicou uma carta ao presidente George W. Bush na qual expressava sua posição contrária à guerra e se diz preocupado com "a intolerância ao debate".
Na carta de ontem, Penn diz ter sido "atingido por uma maré de distorções da imprensa e até por acusações de trair a pátria" após escrever o primeiro texto.


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