DA REDAÇÃO

As autoridades de saúde do Canadá colocaram em isolamento um enfermeiro com suspeitas de Sars (síndrome respiratória aguda grave), levantando temores de que a doença pode ter se espalhado para além de Toronto, que até agora concentrava os casos da enfermidade no país.
O enfermeiro estava mantido em isolamento por precaução, apesar de não apresentar alguns dos sintomas típicos da Sars. Ele estava trabalhando no Ottawa Hospital General Campus em 14 de maio, quando uma moradora de Toronto foi ao local com problemas respiratórios. Ela posteriormente retornou a Toronto e foi identificada como um caso suspeito de Sars.
Cerca de 7.000 pessoas são mantidas em quarentena em Toronto, para tentar conter a propagação da Sars na cidade.
Um homem de 57 anos morreu em consequência da Sars ontem em Toronto, elevando para 30 o número de mortos pela doença até agora no país. O Canadá é o único país fora da Ásia a ter registrado mortes pela doença.
O vírus já matou cerca de 750 pessoas em todo o mundo, 328 delas na China, país mais afetado pela doença. Há cerca de 8.300 casos registrados de Sars em cerca de 30 países diferentes.
O vice-ministro da Saúde da China, Gao Qiang, disse ontem que a epidemia está "começando a ser controlada". Segundo ele, dos 151 novos casos diários registrados no início de maio, houve uma redução para 14 no último terço do mês.
A Organização Mundial da Saúde tirou ontem Cingapura da sua lista de países afetados pela Sars, dizendo que o último caso novo no país fora registrado 20 dias antes-o dobro do período máximo de incubação do vírus. Apesar disso, as autoridades de Cingapura afirmaram que continuarão com suas normas de vigilância para evitar o retorno da doença, como aconteceu em Toronto.