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Em busca de ajuda, indianos protestam para serem classificados como pobres
DA REDAÇÃO
Um grupo de habitantes do
noroeste da Índia, os gujar,
queimou delegacias e veículos e
obstruiu estradas no segundo
dia de protestos para ser classificado oficialmente entre os
mais pobres do país -o que lhe
daria acesso a programas de
ajuda governamentais. Anteontem, os confrontos entre
membros do grupo e a polícia
deixaram ao menos 13 mortos e
80 feridos.
Ontem, a violência se espalhou no Rajastão, Estado do noroeste indiano, onde manifestantes queimaram cinco edifícios governamentais, dois carros e um ônibus. Autoridades
enviaram o Exército e forças
paramilitares ao local, que patrulharam a área a fim de restaurar a calma, segundo um
membro do governo. Não houve registro de feridos.
Apesar de a Índia ter proibido a discriminação baseada no
sistema de castas, indianos
considerados de casta "inferior", como os gujar, ainda enfrentam desvantagens no mercado de trabalho, por exemplo.
Vasundhra Raje Scindia, que
ocupa o cargo eleito mais alto
do Rajastão, convidou líderes
do grupo para uma tentativa de
negociação do problema. Os
manifestantes, porém, recusaram a proposta e pediram que
primeiramente Scindia pressionasse o governo federal para
incluí-los entre os mais pobres
do país -detentores de uma
carteira de identificação que
permite o acesso a programas
governamentais como alojamento gratuito e distribuição
de alimentos. Segundo um censo feito pelos 28 governos regionais, metade da população
indiana teria direito à carteira.
Porém, de acordo com o jornal
francês "Le Monde", cada governo infla os números para
obter e distribuir mais benefícios, com fim eleitoral.
Com agências internacionais
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