São Paulo, quinta-feira, 31 de maio de 2007

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Em busca de ajuda, indianos protestam para serem classificados como pobres

DA REDAÇÃO

Um grupo de habitantes do noroeste da Índia, os gujar, queimou delegacias e veículos e obstruiu estradas no segundo dia de protestos para ser classificado oficialmente entre os mais pobres do país -o que lhe daria acesso a programas de ajuda governamentais. Anteontem, os confrontos entre membros do grupo e a polícia deixaram ao menos 13 mortos e 80 feridos.
Ontem, a violência se espalhou no Rajastão, Estado do noroeste indiano, onde manifestantes queimaram cinco edifícios governamentais, dois carros e um ônibus. Autoridades enviaram o Exército e forças paramilitares ao local, que patrulharam a área a fim de restaurar a calma, segundo um membro do governo. Não houve registro de feridos.
Apesar de a Índia ter proibido a discriminação baseada no sistema de castas, indianos considerados de casta "inferior", como os gujar, ainda enfrentam desvantagens no mercado de trabalho, por exemplo.
Vasundhra Raje Scindia, que ocupa o cargo eleito mais alto do Rajastão, convidou líderes do grupo para uma tentativa de negociação do problema. Os manifestantes, porém, recusaram a proposta e pediram que primeiramente Scindia pressionasse o governo federal para incluí-los entre os mais pobres do país -detentores de uma carteira de identificação que permite o acesso a programas governamentais como alojamento gratuito e distribuição de alimentos. Segundo um censo feito pelos 28 governos regionais, metade da população indiana teria direito à carteira. Porém, de acordo com o jornal francês "Le Monde", cada governo infla os números para obter e distribuir mais benefícios, com fim eleitoral.


Com agências internacionais


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