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ÁFRICA DO SUL
CNA, do candidato Thabo Mbeki, deve vencer com 65% dos votos; homem é baleado na Cidade do Cabo
Mandela reúne 80 mil em comício final
das agências internacionais
O presidente Nelson Mandela, da
África do Sul, encerrou ontem a
campanha eleitoral do Congresso
Nacional Africano (CNA) em comício que reuniu 80 mil simpatizantes, em estádio de Soweto, subúrbio de Johannesburgo.
Na próxima quarta-feira, dia 2,
será realizada a segunda eleição
geral do país, após o fim do apartheid (regime segregacionista).
Mandela, 80, e o candidato à presidência do CNA, o vice-presidente Thabo Mbeki, 56, encerraram a
campanha de forma otimista.
"Para derrubar 350 anos de
opressão são necessários bem mais
do que cinco anos", declarou Mandela, que vai deixar a presidência
no próximo dia 16.
Segundo as últimas pesquisas,
Mbeki deve ficar com cerca de 65%
dos votos -nas eleições de 1994,
as primeiras democráticas e multirraciais da África do Sul, o CNA
obteve 62,6%.
O Novo Partido Nacional (NPN),
cujo antecessor implementou o regime de apartheid, tem cerca de
6% das intenções de voto e representa os interesses dos brancos.
À frente do NPN, com aproximadamente 7% dos votos, vem o
Partido Democrático, representante dos brancos que eram contrários ao apartheid.
Com o resultado praticamente
definido, o líder do Partido Democrático, Tony Leon, prepara seu
grupo político para ser a principal
força da oposição.
"Seremos o mais efetivo partido
de oposição. A luta voltará", declarou Leon, em comício feito ontem,
em Johannesburgo, para cerca de
4.000 simpatizantes.
Violência
A violência, embora em escala
bem inferior à verificada em 1994,
quando cerca de 2.000 pessoas
morreram, ainda é uma constante
nos dias que antecedem a eleição.
Ontem, um homem foi baleado
na cabeça e uma mulher ficou gravemente ferida na Cidade do Cabo.
Segundo a polícia, o incidente
ocorreu porque partidários do
CNA tentaram impedir um comício do Partido Democrático, causando o confronto.
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