São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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Alemanha e França só admitem apoiar ataque com aval da ONU

DA REDAÇÃO

O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, e o presidente da França, Jacques Chirac, disseram ontem que não apoiariam ataques ao Iraque sem que houvesse um mandato da ONU.
"Um ataque só seria justificado se um mandato for aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Essa é a posição da França e da Alemanha", disse Chirac, depois de um encontro franco-alemão na cidade de Schwerin, no leste da Alemanha.
Schröder disse que tropas alemãs só participariam de uma ação militar contra o Iraque se, além do mandato das Nações Unidas, o Parlamento alemão também aprovasse a medida.
Os dois defendem que o Iraque aceite logo a volta de inspetores internacionais de armas para que o ataque seja evitado e para que as sanções contra o país do Oriente Médio fossem levantadas. "Eu acho que o Iraque faria bem em entender o quão necessário é entrar em acordo com o secretário-geral da ONU", disse Chirac.
"O presidente dos EUA tem, repetidamente, prometido nos consultar antes de chegar a uma decisão [sobre um eventual ataque]. Eu não tenho razões para duvidar da palavra do presidente", afirmou Schröder, ao negar a iminência de uma ação militar unilateral americana.
O encontro contou também com a participação do premiê francês, Jean-Pierre Raffarin, e os dois lados combinaram manter reuniões mensais.


Com agências internacionais


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