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ÁFRICA
Resolução do Conselho de Segurança prevê "punição"
ONU exige que governo sudanês ponha fim à violência em Darfur
DA REDAÇÃO
O Conselho de Segurança da
ONU aprovou ontem uma resolução, apresentada pelos EUA, que
ameaça "punir" o Sudão em 30
dias se seu governo não concordar em desarmar e processar
membros da milícia árabe Janjaweed, que vem semeando o caos
na região de Darfur. O governo
sudanês rejeitou a resolução.
Nenhum dos 15 países do Conselho de Segurança se opôs à adoção do texto depois que os EUA
aceitaram retirar da resolução o
termo "sanções", substituindo-o
por uma referência ao artigo 41 da
Carta da ONU, que permite a tomada de "medidas punitivas".
A China e o Paquistão se abstiveram. O Brasil foi um dos países
que haviam pedido a retirada do
termo "sanções" do texto. Segundo o Itamaraty, a posição brasileira foi de conciliação, buscando
chegar a um texto "sutil" para
atrair o maior número de votos.
Na prática, o artigo 41 permite a
imposição de sanções, palavra
que não existe na Carta da ONU,
pois prevê a "interrupção" de laços econômico-diplomáticos, de
transportes e de comunicações.
Antes da votação, o embaixador
do Sudão na ONU, Elfatih Erwa,
afirmou que a situação em Darfur
está melhorando e atacou o governo dos EUA. A resolução exige
que o governo sudanês desarme
os milicianos da Janjaweed nos
próximos 30 dias.
Os milicianos árabes, que contam com o apoio do governo, são
acusados de ter matado ao menos
30 mil negros e de ter estuprado
milhares de mulheres em Darfur,
no oeste do Sudão. Há cerca de 1
milhão de desabrigados na região.
Com agências internacionais e o "New
York Times"
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