São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 2006

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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Premiê libanês recusa visita de Condoleezza

Ataque em Qana suspende negociações encaminhadas pela secretária de Estado americana, que voltará hoje aos EUA

Antes das mortes, premiê israelense dissera à enviada dos EUA que precisaria de pelo menos 10 dias para concluir operação no Líbano

DA REDAÇÃO

Os ataques de ontem à região de Qana interromperam as negociações conduzidas no Oriente Médio pela secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e forçaram uma meia-volta da secretária, que foi a Jerusalém discutir um possível acordo com o primeiro-ministro Ehud Olmert e iria depois visitar em Beirute o primeiro-ministro Fouad Siniora.
Após os bombardeios, Siniora afirmou que Rice não era bem-vinda naquele momento, "inadequado para negociações", e disse que, agora, só aceita negociar após um cessar-fogo. "Não vamos negociar até que Israel pare de derramar o sangue de inocentes."
No sábado, o gabinete libanês, que inclui dois ministros ligados ao Hizbollah, chegara a uma proposta para o cessar-fogo que seria discutida ontem com Rice.
Mas, depois das mortes em Qana, Siniora acusou Israel de "terrorismo de Estado" e deixou de lado críticas ao grupo extremista. Ele elogiou os militantes do Hizbollah e seu líder, Hassan Nasrallah. "Apreciamos grandemente sua [de Nasrallah] posição e os que sacrificam suas vidas pelo Líbano."
A versão de Rice para a mudança de planos foi a de que, devido à "tragédia", ela considerou que seu trabalho era em Israel. Rice expressou "profundas condolências" e falou em apressar o cessar-fogo: "Temos que tentar pôr um em prática o mais rápido possível". Ela voltará hoje aos EUA.
No encontro em Jerusalém, Olmert disse a Rice que precisaria de mais 10 a 14 dias para concluir a operação no Líbano.


Com agências internacionais


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