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Para Caracas, Bogotá tenta justificar bases
DA REDAÇÃO
A Venezuela disse ontem que a Colômbia tenta
"justificar" o acordo militar que permitirá o uso de
bases em seu território pelos EUA ao insinuar que
Caracas forneceu lança-foguetes encontrados com
as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) no ano passado.
Em nota, a Chancelaria
da Venezuela manifestou
"indignação ante essa irresponsabilidade". "A Colômbia, ocupada militarmente e dirigida por uma
elite belicista é um perigo
latente para toda a região."
O acordo militar entre
Bogotá e Washington, em
vias de finalização, permitirá aos EUA utilizar três
bases em solo colombiano.
Gustavo Márquez, embaixador venezuelano em
Bogotá convocado na terça de volta a Caracas, disse
que o novo pacto deve ser
tratado na OEA (Organização dos Estados Americanos) e em outros órgãos
multilaterais.
A mais recente rusga diplomática bilateral levou o
presidente Hugo Chávez a
anunciar, na terça, o congelamento nas relações diplomáticas e econômicas,
convocar o seu embaixador e ameaçar expropriar
empresas colombianas.
O líder venezuelano
qualificou de "agressão" a
cobrança de explicações
para as apreensões dos
três AT-4 vendidos pela
Suécia em 1988, feita pelo
governo Álvaro Uribe.
A Chancelaria questionou ainda o vizinho por
não cobrar EUA e Israel
por armas fabricadas nestes países e supostamente
também encontradas com
narcoguerrilhas no país.
Antes mesmo da revelação das apreensões, Chávez ordenara, na semana
passada, "revisão integral"
das relações com a Colômbia devido ao novo acordo.
O episódio põe fim à reaproximação ensaiada por
Chávez e Uribe após o ataque colombiano a uma base das Farc no Equador,
em março do ano passado.
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