São Paulo, sexta-feira, 31 de julho de 2009

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Para Caracas, Bogotá tenta justificar bases

DA REDAÇÃO

A Venezuela disse ontem que a Colômbia tenta "justificar" o acordo militar que permitirá o uso de bases em seu território pelos EUA ao insinuar que Caracas forneceu lança-foguetes encontrados com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no ano passado.
Em nota, a Chancelaria da Venezuela manifestou "indignação ante essa irresponsabilidade". "A Colômbia, ocupada militarmente e dirigida por uma elite belicista é um perigo latente para toda a região."
O acordo militar entre Bogotá e Washington, em vias de finalização, permitirá aos EUA utilizar três bases em solo colombiano.
Gustavo Márquez, embaixador venezuelano em Bogotá convocado na terça de volta a Caracas, disse que o novo pacto deve ser tratado na OEA (Organização dos Estados Americanos) e em outros órgãos multilaterais.
A mais recente rusga diplomática bilateral levou o presidente Hugo Chávez a anunciar, na terça, o congelamento nas relações diplomáticas e econômicas, convocar o seu embaixador e ameaçar expropriar empresas colombianas.
O líder venezuelano qualificou de "agressão" a cobrança de explicações para as apreensões dos três AT-4 vendidos pela Suécia em 1988, feita pelo governo Álvaro Uribe.
A Chancelaria questionou ainda o vizinho por não cobrar EUA e Israel por armas fabricadas nestes países e supostamente também encontradas com narcoguerrilhas no país.
Antes mesmo da revelação das apreensões, Chávez ordenara, na semana passada, "revisão integral" das relações com a Colômbia devido ao novo acordo.
O episódio põe fim à reaproximação ensaiada por Chávez e Uribe após o ataque colombiano a uma base das Farc no Equador, em março do ano passado.



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