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Painel da ONU critica violações na Colômbia
Comissão de Direitos Humanos diz haver impunidade de "paras" e falta de reparações
DE SÃO PAULO
DE CARACAS
A Comissão de Direitos
Humanos da ONU (CDH) criticou ontem o que considera
falta de progresso da Colômbia na punição a violações de
paramilitares e na repressão
às execuções extrajudiciais.
Em relatório, a comissão
diz haver alto índice de impunidade nos casos de abusos de direitos humanos e carência de reparação a vítimas
dos grupos paramilitares.
O texto diz haver também
conivência entre as Forças
Armadas e esses grupos e
aponta a necessidade de investigação dos "falsos positivos" -assassinatos de civis
contabilizados pelo Exército
como baixas sob combate.
E critica a extradição de líderes "paras" aos EUA, o
que, alega a CDH, compromete investigações. Ontem,
os governos da Colômbia e
dos EUA anunciaram acordo
para que promotores colombianos tenham acesso aos
paramilitares extraditados.
AJUDA DOS EUA
Uma ONG pacifista americana divulgou relatório nesta
semana no qual diz que, em
desrespeito à própria lei, os
EUA não cessaram o auxílio
às unidades militares no país
acusadas de promover mortes civis fora de combate.
A ONG Movimento de Reconciliação (FOR, em inglês)
analisou -no relatório "Assistência militar e direitos
humanos: Colômbia, controle americano e implicações
globais"- 3.000 execuções
extrajudiciais de civis. Diz ter
encontrado ainda um dado
que considerou "alarmante".
Nas 16 unidades militares
que receberam maior incremento de ajuda entre 2000 e
2009, a chegada do dinheiro
foi acompanhada de mais denúncias de mortes de civis.
A ONG sustenta que o financiamento de unidades
"problemáticas" passou ao
largo de lei que ordena cessar
ajuda em caso de violações.
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