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ORIENTE MÉDIO
Para Yahya, "atentados suicidas são contrários à tradição palestina" e prejudicam suas reivindicações
Ministro palestino pede fim de atentados
DA REDAÇÃO
O ministro do Interior palestino disse em uma entrevista publicada ontem que os extremistas devem suspender os atentados suicidas contra israelenses ou enfrentar "isolamento" por parte da sociedade palestina.
"Ponham fim aos ataques suicidas, ponham fim às mortes sem razão", disse Abdel Razzak al Yahya, em entrevista publicada no jornal israelense "Yedioth Ahronoth", o maior do país.
O moderado Yahya foi nomeado ministro do Interior em junho,
como parte das reformas na Autoridade Nacional Palestina
(ANP), presidida por Iasser Arafat, defendidas pelos EUA e por
Israel.
"Atentados suicidas são contrários à tradição palestina, são contra o direito internacional e prejudicam o povo palestino", disse
Yahya na entrevista. Na opinião
de Yahya, "não é necessário responder ou se vingar de cada ato
[israelense". Ambos os lados devem agir com moderação".
Yahya reconheceu seu fracasso
em garantir um acordo para pôr
fim aos atentados em encontros
realizados na faixa de Gaza durante este mês com grupos extremistas islâmicos palestinos como
o Hamas e o Jihad Islâmico. Ele
acrescentou, no entanto, que, "se
os atentados suicidas continuarem, esses grupos vão ficar isolados na sociedade palestina".
Abdul Aziz Rantissi, porta-voz
do Hamas, rejeitou o apelo de
Yahya. "Ele devia ter exortado os
sionistas a encerrar a ocupação e
os massacres. É razão suficiente
para manter a resistência e as operações de martírio", afirmou.
Israel exigiu ações, não apenas
palavras, de Yahya. O país quer
que Yahya use o sistema de segurança palestino, liderado por ele, para combater os extremistas.
"O índice mais convincente vai ser o que os palestinos fazem na prática", disse Dore Gold, assessor do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
Líbano
O governo israelense voltou a advertir a Síria de que vai agir caso os ataques do movimento extremista islâmico libanês Hizbollah se mantenham. Anteontem, o
Hizbollah disparou foguetes e morteiros contra posições militares de Israel na fronteira com o Líbano, ferindo três soldados (um deles gravemente) e provocando
retaliação da Força Aérea israelense, que sobrevoou a capital do Líbano, Beirute. Foi o primeiro ataque do Hizbollah em quatro meses.
O incidente ocorreu na região das Fazendas de Cheba, território tomado por Israel da Síria na guerra árabe-israelense de 1967. O Hizbollah afirma que a região pertence ao Líbano e que combate para recuperá-la, enquanto o governo israelense diz que as terras eram da Síria antes de serem tomadas. A ONU atesta a versão israelense e certificou a retirada do país do sul do Líbano, embora a
Síria diga que o território de Cheba pertence ao Líbano.
Segundo a rádio Israel, Binyamin Ben Eliezer, ministro da Defesa, pediu a um responsável do Departamento da Defesa dos EUA, David Satterfield, que transmitisse a advertência à Síria, que controla politicamente o Líbano.
Com agências internacionais
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