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São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

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Pilotos brasileiros criticam vôo policiado

DA SUCURSAL DO RIO

As empresas aéreas e os sindicatos brasileiros do setor estão aguardando o posicionamento do Departamento de Aviação Civil (DAC) para tomar alguma medida em relação à exigência do governo americano de que, em certos casos, vôos internacionais com destino aos EUA tenham a bordo um policial armado. Segundo o DAC, o governo ainda estuda qual será sua reação.
Antônio Peixoto, do Sindicato dos Aeronautas, disse que a entidade é contra a presença de agentes armados nos vôos. Para ele, caso o governo concorde com as exigências, o sindicato cogita a hipótese de entrar na Justiça.
O presidente do Snaer (Sindicato Nacional de Empresas Aéreas), George Ermakoff, disse que as exigências, anunciadas anteontem, não deixam o vôo mais seguro, pelo contrário. Balas perdidas poderiam despressurizar a cabine e até explodir o avião.
A Varig informou não ter recebido nenhum aviso oficial e que não vai comentar o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da TAM, a posição da empresa é acatar o que o DAC decidir.
Apesar de ser contra a medida, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) disse ontem que estava "colaborando" com as exigências americanas. As autoridades aéreas da Rússia informaram que o país ainda não decidiu se vai cumprir. A Tailândia anunciou que não irá colocar agentes nos vôos da Thai Airways.
O jornal "Libération" revelou que desde a semana passada o governo francês tem colocado agentes com armas que emitem choques paralisantes em vôos com destino aos EUA.
Autoridades americanas disseram que os serviços de inteligência alertaram que as linhas aéreas britânicas poderiam ser possíveis alvos de atentados.


Com Sucursal de Brasília e agências internacionais



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