DA REDAÇÃO

Por ordem judicial, a Polícia Federal argentina realizou ontem operações de busca nas casas dos dois filhos adotivos de Ernestina Herrera de Noble, proprietária do jornal "Clarín", o mais importante do país. O objetivo era levar objetos pessoais para recolher amostras de DNA, em meio à investigação sobre se seus pais biológicos foram vítimas da ditadura militar (1976-1983).
Os advogados dos irmãos Felipe e Marcela Noble Herrera, ambos adotados em 1976, informaram que pedirão a anulação dos resultados dos procedimentos, já que um dia antes os dois haviam se submetido voluntariamente à coleta de sangue.
Os policiais levaram escovas de dente, escovas de cabelo e chinelos, segundo o jornal "Clarín". Os resultados dos exames devem ficar prontos entre 15 e 45 dias.
Anteontem, a coleta de sangue foi feita num local escolhido pelos irmãos, por decisão do juiz Conrado Bergesio, o mesmo que ordenou a operação policial.
O processo existe há sete anos, mas foi acelerado nas últimas semanas. A oposição acusa o governo Cristina Kirchner de usar a investigação como parte de uma série de ações oficiais contra o Grupo Clarín, crítico da presidente argentina.


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