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Pequenas empresas sofrem para contratar qualificados Profissional egresso de curso de capacitação prefere grandes companhias
de são paulo Pequenas e médias empresas enfrentam mais dificuldade para contratar mão de obra formada em cursos técnicos ou de qualificação do que grandes companhias, afirmam executivos e analistas ouvidos pela Folha. "Quando uma pessoa faz curso, quer vaga em grande empresa, com salário alto", explica Paulo Roberto Feldmann, presidente do Conselho da Pequena Empresa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. Mesmo assim, boa parte dos empreendedores prioriza candidatos que passaram por curso. O dono da Casa Bonita, empresa de reformas em residências, Júlio Nóbrega, 63, está entre eles. O empresário chega a oferecer salário 30% mais alto a quem tem qualificação. "A quantidade de formados não é suficiente", avalia Nóbrega, que diz ser difícil atrair esses profissionais. O dono de choperia Eugênio Bolini Kronka, 52, já tentou recrutar pessoas em escolas, mas, se as achava, "já estavam em algum lugar". Da sua equipe, só o garçom Fernando Mendonça, 39, passou por qualificação. Quem fez curso "sabe atender, explicar, especificar" informações, diz Mendonça. O quadro operacional do hotel Emiliano tem cerca de 170 funcionários, dos quais 120 passaram por salas de aula, estima o diretor Gustavo Filgueiras, 35. Apesar de identificar vantagens na contratação, ele pondera: "[cursos] agregam mais ao currículo [do empregado] do que à empresa". Roseli Hannun, 51, gerente do Augusta Park Hotel, diz que "um funcionário ensina o outro". Ela conta que já procurou funcionários em cursos, mas não os achou. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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