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Copa-2014 não prioriza as PMEs

Governo não tem projeto para apoiar pequenas e médias empresas antes ou durante os Jogos

DE SÃO PAULO

Ao contrário de Londres, que vem, desde 2008, implementando medidas para incentivar micro e pequenas empresas durante os Jogos Olímpicos, o governo brasileiro não está pensando em ações para impulsionar esse segmento nos eventos esportivos de 2014 e 2016. A informação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O que dificulta ações semelhantes às inglesas é que a APO (Autoridade Pública Olímpica) do Brasil não tem poder de conduzir licitações -ela só faz intermediação de negociações, pois quem realmente desembolsa é a União, os governos estaduais ou os municípios.

"A autoridade olímpica inglesa tem o dinheiro na mão; no caso do Brasil, eu não contrato ninguém", diz Márcio Fortes, presidente da APO.

Quem está preparando as pequenas empresas para as oportunidades que devem aparecer com os grandes eventos é o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que faz isso desde sempre.

Para a Copa do Mundo, o Sebrae fez um levantamento dos dez setores da economia, como varejo, construção civil e moda, que devem ter novas oportunidades por causa da competição. Eles disponibilizaram esses dados no site www.sebrae2014.com.br.

Pequenas empresas desses setores podem receber consultorias específicas. Paulo Alvim, gerente de acesso a mercados do Sebrae, diz que a expectativa é atender 6.000 negócios até a Copa.

Um deles, que já passou pela consultoria, é a JAGB, indústria de brindes promocionais de Guarulhos (Grande SP). A proprietária, Adriana Costa, 38, diz que saiu do encontro com a ideia de buscar empresas que queiram encomendar "kits Copa" para distribuir entre os funcionários.

Costa evita entusiasmar-se pois acha que "a Copa é um megaevento, mas dura só 30 dias". É o mesmo que diz o professor da Fundação Getulio Vargas Tales Andreassi. Para ele, o importante é incluir o país em um roteiro de turismo para que o benefício seja permanente.

(FG)

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