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Franquias de depilação avançam

Com investimento inicial a partir de R$ 30 mil, pequenos centros se multiplicam pelo Brasil

DE SÃO PAULO

As clínicas de depilação permanente e as de serviços de emagrecimento são as principais apostas do setor de franquias de beleza, atraindo empresários que buscam negócios que não precisam de muito investimento ou gastos com estrutura física.

"Com algo entre R$ 30 mil e R$ 60 mil você consegue abrir um pequeno centro de depilação. E pode ser em pontos de rua, não precisa ser em shopping, onde o aluguel é mais caro", diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Luciane Herbelha, 37, tem há dez anos uma franquia do centro de estética Emagrecentro e no ano passado abriu uma unidade da Light Depil, de depilação a laser.

Ela destaca que o faturamento cresceu 30% em 2011. "As pessoas procuram mais o centro de estética no verão, e a depilação, o ano todo."

O faturamento de franquias relacionadas a esporte, beleza, saúde e lazer cresceu 24% entre 2010 e 2011, chegando a R$ 14,7 milhões, de acordo com a ABF. Só os segmentos de alimentação e serviços faturam mais.

ESTRANGEIROS

O cenário positivo tem atraído redes internacionais. No ano passado, a empresa portuguesa Body Concept começou a operar no Brasil uma rede de clínicas inspirada nas academias de ginástica -em vez de aparelhos para exercitar os músculos, o cliente passa por diferentes procedimentos, como massagem e drenagem linfática, em uma hora.

A empresa também abriu uma rede de depilação permanente que tem 14 unidades no país.

Um dos motores das empresas de beleza é a participação masculina. Vinicius Ramos, responsável pela administração em São Paulo da Não+Pêlo, rede de origem espanhola com 300 unidades no Brasil, diz que cerca de 45% do público é masculino.

"Centros especializados atraem muito os homens porque não causam aquele constrangimento de ir a um salão de beleza para fazer a depilação", afirma Ramos.

Esse tipo de franquia pode ser aberta por pessoas sem experiência no ramo: Herbelha, por exemplo, trabalhava com importação de peças industriais. Esse também é o caso de Eduardo Etzel, 35, que é arquiteto e foi consultor de negócios em restaurantes.

"Eu não sabia nem como falar com uma esteticista, mas o ponto positivo de pagar por uma franquia é que a dona da marca faz o treinamento dos funcionários", conta Etzel, que abriu um centro de depilação na zona oeste de São Paulo e já está construindo outro.

Apesar das poucas exigências para se aventurar no negócio, especialistas recomendam que o empresário tenha afinidade com o assunto.

(FM)

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