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Apoio à gestão é o que faz a diferença para os incubados
Provenientes de áreas técnicas, como engenharia, empresários se beneficiam da consultoria gerencial
DA REPORTAGEM LOCAL
Os projetos acolhidos pelas
incubadoras recebem, principalmente, estrutura física e capacitação gerencial tecnológica
para viabilizar sua consolidação e contato com o mercado.
Tal apoio é um diferencial,
sobretudo porque muitos dos
empreendedores incubados
provêm de áreas técnicas,
sem ter experiência em gestão.
Era justamente essa a "mão"
de que o engenheiro da computação Humberto Ribeiro de
Souza, 27, que criou um sistema de medição de velocidade
para natação, mais precisava.
"Antes de entrar na incubadora, há dois anos, perdi a
chance de fechar vários negócios em razão de minha falta de
habilidade como gestor", diz.
Por meio da entidade, ele conheceu as linhas de financiamento da Fapesp (Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo). Até o momento,
Souza investiu R$ 50 mil no
empreendimento e obteve financiamento de R$ 150 mil.
A despesa mensal com a incubadora é de R$ 400, que corresponde aos custos com água,
condomínio e linha de telefone.
Também atrelado à incubadora de Santos, o engenheiro
da computação José Roberto
Aquino, 32, desenvolveu o software de busca Garimpar.
Há três anos no local, ele conta com o apoio de consultores
especializados para orientá-lo.
"Venho de formação técnica,
então não tinha experiência
com empreendedorismo.
Se não estivesse incubado, minha despesa com consultores
seria exorbitante", comenta.
Crescimento
Para alavancar sua rede de
pesquisa, desenvolvimento e
inovação, a PR Trade, empresa
de agroquímicos, procurou o
Cietec (Centro Incubador de
Empresas Tecnológicas).
"Hoje, temos muitos contatos com pesquisadores e com
universidades", comenta o gerente administrativo da empresa, Marcelo Claro, 38. O próximo passo da PR Trade é partir
para a fase industrial: após a incubação, houve um aumento de
48% ao ano no faturamento da
empresa, e o número de colaboradores saltou de 5 para 30.
O químico industrial William
Carnicelli, 53, sócio-proprietário da Alpha Produtos Químicos, é um dos poucos que prescindiram de parte da estrutura
de apoio da incubadora em que
passou dois anos, o Cietec.
Isso porque, ainda que a entidade tenha lhe apontado caminhos para obter financiamento,
o investimento de mais de
R$ 1 milhão foi dividido entre
os proprietários da empresa e a
verba gerada no negócio.
"Achamos os juros de financiamento muito altos", justifica
Carnicelli. "Ademais, o crescimento rápido nos permitiu utilizar menos a estrutura que a
incubadora fornece."
(MB)
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