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Foco em feira deve ir além de melhorar as vendas
É essencial se planejar em curto, médio e longo prazos
ANDRÉ LOBATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em geral, expor a empresa
em feiras é uma boa oportunidade apenas para quem encara
o desafio com planejamento.
O primeiro passo é ter certeza de que se quer mais do que
somente mostrar produtos e
realizar vendas no estande.
"Ir a uma feira com o único
objetivo de vender pode sair caro. Como o metro quadrado varia de R$ 300 a R$ 500, a relação entre o custo e o benefício
fica alta", ressalta Eraldo dos
Santos, técnico da Unidade de
Acesso a Mercados do Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas).
Para evitar tratar o evento
promocional como ponto-de-venda, o empresário deve vê-lo
como um lugar que concentra
"oportunidades de curto, médio e longo prazos", sugere o
presidente da Ubrafe (União
Brasileira dos Promotores de
Feiras), Jorge Alves de Souza.
Por curto prazo o empresário
deve entender as vendas imediatas; por médio, os contatos
feitos com o pós-venda; e por
longo, o desenvolvimento da
empresa inserido na estratégia
de marketing em eventos.
Pesquisa prévia
Por isso, antes de escolher
entre as cerca de 170 feiras previstas para acontecerem em todo o país neste ano, é recomendável pesquisar para saber se o
perfil da exposição se encaixa
na intenção de negócio.
Apenas no setor agrícola e
pastoril, serão ao menos sete
feiras, contabiliza a Ubrafe.
O setor recordista é o da indústria, com 24. Mas é o de veículos
e serviços que mais recebe visitantes por ano: 3,5 milhões.
A área locada para feiras no
Brasil foi de 500 mil metros
quadrados em 1992 para 2,5
milhões de metros quadrados
neste ano. Em 2007, o país foi o
oitavo entre os que mais receberam eventos internacionais.
Pré-feira
Na avaliação de Monica Petrow, do Sebrae-SP, é essencial
saber se o produto oferece qualidade e custo compatíveis com
o que há no mercado e se a produção é capaz de atender à demanda gerada na feira.
Entre fontes de informação
sobre eventos, diz Petrow, estão sindicatos e associações de
classe, além do próprio Sebrae.
Aos organizadores devem-se
questionar, por exemplo, o volume de negócios e o número
de expositores previstos.
Roberto Sagot, gerente de
marketing da Fundação Dom
Cabral, enfatiza a importância
de conhecer quem está ao lado.
"Para uma firma pouco conhecida, talvez seja melhor ficar ao
lado do melhor concorrente."
No evento
A equipe presente no estande
é outro aspecto fundamental.
"É melhor alguém que esteja
afinado com as práticas da empresa do que uma atendente
bonita", exemplifica Petrow.
Por outro lado, é um grande
erro achar que os visitantes
trabalham o tempo todo, diz
Sagot. "É necessário oferecer
uma atividade lúdica, mas que
transmita algum conceito."
Além de apresentar novidades e de ser atraente, o estande
deve ser uma área de conforto,
opina Heloísa Omine, professora de marketing do ponto-de-venda e de merchandising da
ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing).
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