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Gestão marketing
Empresas implantam táticas de guerrilha
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na luta para conquistar terreno em meio a um arsenal de
informações, pequenos empre-endimentos adotam técnicas
de guerrilha ao combater o poder dos grandes.
Para tanto, potencializam ao
máximo as suas forças na hora
de divulgar a marca ou o produto, valendo-se de ações inusitadas. Nessa batalha, a arma mais
eficiente é a criatividade.
Essa foi a munição de Rubens
Carrion, 59, para colocar a recém-criada editora Zeiz em evidência. Ciente das dificuldades
para se sobressair no mercado,
Carrion aderiu à agência Espalhe Marketing de Guerrilha.
"Perdeu" 150 exemplares do
livro "A Unidade dos Seis" em
colégios pré-selecionados.
Dentro da obra, um adesivo sugeria que quem a encontrasse
deveria perder o livro novamente para continuar o ciclo.
O leitor-alvo -jovem conectado na internet- ainda podia
se cadastrar em um site (são
cerca de 1.800 membros hoje).
Apesar de já ter refletido nas
vendas, o planejamento foi feito para conseguir resultados a
longo prazo. O investimento ficou entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.
Bom e barato
Como os custos com as ações
de marketing de guerrilha não
são necessariamente elevados,
essas estratégias podem ser o
diferencial de pequenas firmas.
"Elas não precisam pagar as
mídias tradicionais", diz Paulo
Bione, coordenador dos cursos
de criação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "O importante é ter uma
agência que pense em soluções
do tamanho financeiro delas."
Variante da guerrilha, o marketing de emboscada é outro
estilo em evidência e significa
pegar carona em outras mídias.
"Em vez de usar uma energia
para vender uma idéia, usa-se
uma energia já existente", explica Guto Araki, 26, diretor de
criação da Ponto de Criação.
Sua agência produziu um "vídeo viral" -divulgado pela internet- para uma marca de salgadinhos tendo como pano de fundo a implosão de um prédio
em São Paulo. Com custo próximo de zero, o vídeo foi inscrito em uma promoção de rádio e
ganhou projeção entre a sua
faixa de público consumidor.
"As pessoas não olham aquilo
como propaganda, olham como
entretenimento, e é aí que ganha mais força", diz Araki.
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