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Calçado infantil quer vida própria
Fabricantes voltados para os pequenos investem em lojas no intuito de aumentar exposição
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O segmento de calçados
infantis quer declarar independência do de adultos:
nesta semana, os fabricantes
de sapatos infanto-juvenis
anunciam investimentos na
valorização das caracterís-
ticas de cada marca.
Prometem, com isso, movimentar a Francal (Feira
Internacional de Moda em
Calçados e Acessórios), que
acontece de amanhã a quinta-feira em São Paulo.
Para Sérgio Gracia, presidente do sindicato das indústrias de calçados de Birigui,
duas tendências ganham espaço no setor -a abertura de
lojas próprias pelas fábricas
e a criação de seções infantis
separadas pelos lojistas.
"Isso acontecerá em cidades com 1 milhão de habitantes ou mais. A ideia das lojas
próprias é funcionar
como uma vitrine da marca e
do leque de produtos."
O movimento foi encabeçado pela Calçados Bibi, logo
depois seguida pela Pampili.
Marlin Kohlrausch, presidente da Bibi, revela que a
meta é chegar a 30 lojas próprias até o fim do ano e crescer 20% para atingir a produção de 3,5 milhões de pares.
"Hoje temos seis unidades
próprias e 11 franqueadas. O
investimento em uma franquia da marca custa R$ 3.000
o m2, mais estoque. De preferência ela deve estar em
shopping e medir 40 m2."
Dentre as 37 novas linhas
que a Bibi vai apresentar na
Francal, o destaque é para a
coleção batizada de "Bibi por
Ronaldo Fraga para Filhotes", que chegará ao consumidor com preços que variam de R$ 84,90 a R$ 169,90.
O objetivo, diz Kohlrausch, é
agregar valor à marca.
QUALIDADE E VENDAS
Hoje os lojistas devem ficar atentos ao conforto anatômico, à qualidade do material e à certificação dos calçados, de olho na demanda dos
clientes, analisa Gracia, do
polo de calçados de Birigui, o
maior do nicho infantil no
continente, com 300 indústrias, na sua maioria de pequeno porte. Delas, 33 estarão na Francal.
Impulsionado pelo mercado interno aquecido, com o
aumento de compras das
classes C e D, o cenário de
crescimento das vendas do
setor calçadista tanto para o
consumidor adulto como para o infantil é otimista, avaliam especialistas do setor.
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