São Paulo, domingo, 04 de julho de 2010


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Calçado infantil quer vida própria

Fabricantes voltados para os pequenos investem em lojas no intuito de aumentar exposição

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O segmento de calçados infantis quer declarar independência do de adultos: nesta semana, os fabricantes de sapatos infanto-juvenis anunciam investimentos na valorização das caracterís- ticas de cada marca.
Prometem, com isso, movimentar a Francal (Feira Internacional de Moda em Calçados e Acessórios), que acontece de amanhã a quinta-feira em São Paulo.
Para Sérgio Gracia, presidente do sindicato das indústrias de calçados de Birigui, duas tendências ganham espaço no setor -a abertura de lojas próprias pelas fábricas e a criação de seções infantis separadas pelos lojistas.
"Isso acontecerá em cidades com 1 milhão de habitantes ou mais. A ideia das lojas próprias é funcionar como uma vitrine da marca e do leque de produtos."
O movimento foi encabeçado pela Calçados Bibi, logo depois seguida pela Pampili. Marlin Kohlrausch, presidente da Bibi, revela que a meta é chegar a 30 lojas próprias até o fim do ano e crescer 20% para atingir a produção de 3,5 milhões de pares.
"Hoje temos seis unidades próprias e 11 franqueadas. O investimento em uma franquia da marca custa R$ 3.000 o m2, mais estoque. De preferência ela deve estar em shopping e medir 40 m2."
Dentre as 37 novas linhas que a Bibi vai apresentar na Francal, o destaque é para a coleção batizada de "Bibi por Ronaldo Fraga para Filhotes", que chegará ao consumidor com preços que variam de R$ 84,90 a R$ 169,90. O objetivo, diz Kohlrausch, é agregar valor à marca.

QUALIDADE E VENDAS
Hoje os lojistas devem ficar atentos ao conforto anatômico, à qualidade do material e à certificação dos calçados, de olho na demanda dos clientes, analisa Gracia, do polo de calçados de Birigui, o maior do nicho infantil no continente, com 300 indústrias, na sua maioria de pequeno porte. Delas, 33 estarão na Francal.
Impulsionado pelo mercado interno aquecido, com o aumento de compras das classes C e D, o cenário de crescimento das vendas do setor calçadista tanto para o consumidor adulto como para o infantil é otimista, avaliam especialistas do setor.



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