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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003


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MERCADO

Brasil é o 2º em produção nesse mercado; estimativa é faturar R$ 800 mi em 2003, diz associação

País "dá banho" em setor de piscinas

PAULA LAGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Oferecer o dueto sombra e água fresca para os consumidores saiu do segmento de artigos luxuosos, inacessíveis e de procura restrita. O clima tropical e as inovações tecnológicas ajudaram o Brasil a ser hoje o segundo maior mercado de piscinas do mundo, com estimativa de 1,3 milhão de unidades instaladas até dezembro deste ano -só atrás dos Estados Unidos, com 11 milhões de piscinas.
Segundo dados da Anapp (Associação Nacional de Fabricantes, Construtores de Piscinas e Produtos Afins), o mercado ainda tem potencial de crescimento. A estimativa é a de que o faturamento do setor neste ano atinja R$ 800 milhões, 7% mais que em 2002.
Hoje o consumidor tem mais opções no que se refere ao material utilizado na piscina, e há tempos elas não precisam mais ser retangulares, formato tradicional da "era do azulejo". As alternativas em fibra de vidro e em vinil deram maior flexibilidade à forma e reduziram os custos.
Em São Paulo, por exemplo, uma piscina tamanho padrão (8 m de comprimento x 4 m de largura x 1,5 m de profundidade) pode custar em média R$ 15 mil se for de azulejo, R$ 8.300 quando de fibra e R$ 7.000 em vinil.
"Diferença de preço, praticidade na instalação, ausência de problemas posteriores [como rachaduras] e a diversificação de projetos que o vinil oferece fizeram com que nossos clientes da classe média aumentassem", avalia Marcos Sorrilha, 46, proprietário da fabricante de piscinas Sibrape.
A empresa espera vender 12 mil unidades de tamanho padrão neste ano. "O ano foi atípico devido aos ajustes econômicos, mas esperamos ter um crescimento de 7%. Contamos com o "aquecimento" do país para que as pessoas voltem a investir em lazer."
Atuar na área não significa necessariamente fabricar ou vender piscinas. Manutenção e fornecimento de acessórios são partes quase indissociáveis. Assim, quem trabalha com itens como produtos químicos, equipamentos, decoração, filtragem e aquecimento de água, entre outros, também encontra uma brecha.
Na Mineração Jundu, que produz minerais industriais (areias, por exemplo) e tem as piscinas como um de seus nichos -pois atua na filtragem e no tratamento da água-, faltam representantes regionais. "Produzimos areia certificada e, como o custo do transporte fica muito alto, ter representantes regionais é nossa meta atual", afirma Edson Gumiero, 51, gerente de marketing e vendas.

Torcer pelo sol
Antes de mergulhar de cabeça nessa idéia, o empreendedor deve estar consciente da sazonalidade do negócio. "De abril a agosto há uma queda considerável. Trabalho com outras linhas para equilibrar o orçamento", explica Jorge Americo Calil, 43, gerente comercial da Aquanaut, que tem nos acessórios para natação, como óculos, protetor de ouvido e touca, seu carro-chefe (60% das vendas), mas que também trabalha com roupas e artigos de ginástica.
"Tenho de torcer pelo sol. Agora em outubro é que o mercado aquece realmente, e os clientes querem sempre tudo pronto para aproveitar o calor", emenda Guido Rainone, 57, sócio-proprietário da Central Park Piscinas.

Anapp: 0/xx/11/5523-8688; Aquanaut: 0/xx/11/3271-5444; Central Park: 0/xx/11/3611-7595; Mineração Jundu: 0/xx/19/3583-9276.


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