DA REPORTAGEM LOCAL

O temor de alguns empresários que agregaram nanotecnologia a seus itens é latente. Esconde-se no risco de essa nova tecnologia tomar contornos semelhantes aos delineados pela indústria de produtos transgênicos -pelo menos no que tange à exposição e à aceitação da sociedade, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
As incertezas -de que modo esses itens podem impactar o ambiente e a saúde do consumidor- são similares. Pesquisadores têm estudado se esses compostos de tamanho tão reduzido podem tomar proporções gigantescas não somente em benefícios mas também em prejuízos.
"Ninguém sabe dizer se essas partículas são seguras ou não para os seres humanos", indica Vanessa de Moura Sá Rocha, 31, sócia da Ciallyx, empresa que, entre outros serviços, avalia a toxidade de itens com nanotecnologia.
"Toda tecnologia nova causa uma certa "pressão'", assinala o diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.
Ele acrescenta: "É urgente e necessário para o Brasil absorver e dominar a nanotecnologia. As pequenas empresas têm de conhecê-la".
Para Coelho, o risco de ficar afastado dessas novidades é perder espaço em termos de competitividade.


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