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UNIR PARA CRESCER
Tática diminui custos com processos e permite o aumento da lucratividade da empresa
Personalidade define participação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ainda que o problema seja
individual, a solução quase
sempre pode ser coletiva. Mas
é a personalidade do gestor que
define se a união é a melhor
estratégia para os negócios.
Para Manoel Messias, do Sicoob, dar de bandeja a solução
para a empresa concorrente espanta muitos empreendedores.
"Há empresários muito competitivos e individualistas, focados no retorno financeiro, o
que faz com que eles não desejem aderir a um grupo", aponta.
Diferentemente de empresas
que se fundem, as firmas parceiras visam à união de pessoas,
não de capital -mesmo que a
relação envolva dinheiro.
"Parte dos empreendedores
avalia que não há muito a melhorar na empresa e prefere se
manter estagnada", avalia o
consultor Wagner Ântico, do
Programa Empreender de
Guarulhos, iniciativa da associação comercial do município
e do Sebrae-SP em prol do
empreendedorismo.
"Temos de mostrar ao empresário que o concorrente não
é inimigo", destaca Ântico. "Ele
não perde para a empresa rival,
mas para a sua própria ineficácia, mesmo que se trate de
questões relativas a preço."
Coletivo
Por isso, diz, nem todos têm
perfil para se adaptar à colaboração. É preciso senso democrático para aceitar um voto
vencido ou entender que todo
voto tem o mesmo peso.
Em geral, três modelos de
empresário ficam alheios ao coletivo: aquele que se sente
totalmente auto-suficiente; o
que, consciente ou inconscientemente, prefere ficar estagnado; e aquele que não tem visão
empreendedora. "Porque
quem tem está sempre atrás de
novidades", justifica Ântico.
Para facilitar o trânsito entre
os que desejam crescer juntos,
as associações comerciais têm
reunido o empresariado para
mostrar que ações conjuntas
têm resultados positivos.
Economia
Foi em um desses encontros,
há dez meses, que José Carlos
Cavalcante, da Oraculus Contábil, Luis Carlos Galego, da
Contimix, e Silvana Araújo, da
Controle, se conheceram e
identificaram a vontade comum de otimizar processos.
Desde janeiro, dois dos escritórios já operam no mesmo local, alugado pelos três. O plano
futuro é fundir as três empresas, tornando-as sócias.
"Prevemos uma redução de
20% nos custos e esperamos
uma melhora significativa no
atendimento", diz Cavalcante.
A participação das firmas no
Núcleo de Contabilidade do
Programa Empreender promete elevar sua eficiência.
O projeto conta com a participação de 17 escritórios e o investimento de R$ 300 mil da
Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos, do
Sebrae-SP e dos empresários.
"Em dois anos, queremos aumentar em 30% o faturamento
e em 20% a lucratividade dos
escritórios", aponta Ântico.
(AR)
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