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Pirarucu passa por testes no AM
DO ENVIADO ESPECIAL
Diferentemente do tambaqui e do matrinxã -peixes bastante consumidos
na região Norte do país-,
o pirarucu ainda é capturado na natureza, e não
criado em cativeiro.
A reprodução, repleta de
minúcias e conhecimentos ainda não incorporados, é uma das razões
apontadas pelos produtores ouvidos pela Folha.
Com a proposta de alterar a situação, os Sebraes
estão trazendo à região
Norte o projeto estruturante do pirarucu, que
pretende estabelecer os
parâmetros técnicos e
econômicos para a produção do peixe.
Na fazenda São Pedro,
no município de Iranduba
(AM), foi criada uma unidade de observação de
criação em que o Sebrae
entra com a ração do peixe, e o proprietário, Osvaldir Bento, 60, oferece a estrutura necessária.
São feitas visitas periódicas à propriedade, nas
quais os peixes são medidos e avaliados.
Assim como é feito com
o setor floricultor da região, diferentes técnicas
de criação têm sido testadas e devem ser passadas
aos demais produtores.
Bento é natural do Rio
Grande do Sul e veio para
a Amazônia há sete anos.
"De todas as cidades que
conheci, Manaus é o lugar
mais próspero para trabalhar", declara.
"Aqui tudo se vende, há
muitas oportunidades",
completa Odete Bento, 49,
sua mulher.
Os dois pretendem levar
adiante a criação do pirarucu, que, por enquanto,
só é feita em caráter de
teste e, portanto, ainda
não traz lucros para eles.
Mas, em vez de vender a
carne nobre do peixe, querem investir nos alevinos,
os filhotes.
(DB)
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