São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010 |
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PONTO NOVO Conveniência ganha outro formato
Com comércio, serviços e estacionamento, minishopping quer atrair público de bairro
SILVIA DE MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Entre a loja de rua e o shopping, empresários paulistanos apostam em um novo formato: o centro de conveniência e serviços. Ele é como um minishopping, que se difere de centros comerciais por oferecer estacionamento, segurança e iluminação externa (confira um dos projetos no quadro abaixo). Ao menos cinco desses estabelecimentos foram abertos na cidade de São Paulo em 2009 -três na zona oeste, um na zona norte e um na região central. Todos se basearam no conceito norte-americano de "strip mall": centros comerciais abertos com frente para a rua. "O objetivo é atender a uma região residencial, oferecendo conveniência e vantagens a varejistas pelo baixo custo ocupacional, comparado ao de shoppings", afirma Tânia Capella, sócia-diretora comercial do Capella e Costa Escritório de Negócios Imobiliários. O aluguel de uma loja de 40 m2 custa em torno de R$ 150 por metro quadrado, afirma Marcos Romiti, diretor da Rep, que investe nesses empreendimentos. O valor inclui o rateio de despesas com limpeza, segurança e iluminação externa. Segundo o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, a localização desses minishoppings é muito estratégica. "É o principal determinante: tem de ser um ponto onde exista um fluxo de pessoas naturalmente." A Rep, por exemplo, aposta em esquinas e na mão de quem volta do trabalho para casa. "Não temos nenhuma pretensão de concorrer com centros comerciais maiores. Nosso negócio é o público que mora no entorno e tem necessidade de compras diárias e reposição, como as de mercado, farmácia e banco", afirma Romiti. Perfil do cliente Entre os locais escolhidos pela empresa estão Perdizes e Lapa (zona oeste). Sueli Daffre, especialista em geomarketing, explica que os moradores dos dois bairros são parecidos. "Gostam muito de sua região e têm raízes. São lugares nos quais as pessoas andam nas ruas e usufruem do bairro." O horário de funcionamento das lojas segue o dos shoppings centers: das 10h às 22h. "Há operações que não ficam até tão tarde. Em alguns casos, como farmácias, funcionam 24 horas", comenta Romiti. Fernando Fairbanks, 30, e o sócio Marcelo Buarque, 30, abriram uma loja FastFrame no centro de conveniência e serviços da rua Cardoso de Almeida (Perdizes). Para ele, a comodidade de estacionamento na porta foi um grande atrativo para a locação do espaço. "A ideia é muito boa", completa Buarque. Próximo Texto: Lojas de rua sofrem com falta de espaço vago e estacionamento Índice |
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