Donos querem aproveitar área; bandeiras só não permitem concorrência com a loja de conveniência

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Outra opção de comércio de rua que promete segurança e vagas de estacionamento são os espaços alugados em postos de combustível.
As bandeiras desses estabelecimentos só não permitem que haja concorrência com a loja de conveniência da marca.
Os postos apostam cada vez mais em espaços para lojas, para aproveitar melhor sua área, afirma José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo).
"Normalmente têm áreas muito grandes, e sempre sobra espaço, que é alugado para drogarias, floriculturas, salões de cabeleireiros", exemplifica.
Ao procurar um ponto para sua loja de conserto de vidros de carros, Eduardo Kazuo, 25, sócio da Norte Autovidros, chegou a um posto na avenida Zaki Narchi (zona norte).
"Andando de carro na avenida, vi o ponto vazio. Conversei com o dono do posto e acertei o valor do aluguel", comenta.
Sua loja tem área de 220 m2. Além de espaço para estacionamento, o dono do posto oferece também um esquema de segurança particular.

Negócio em expansão
Gouveia afirma que o sindicato orienta os proprietários de postos de combustível a ampliarem o negócio com esses espaços para locação.
"Se for viver só de vender gasolina, álcool e diesel, o dono não sobrevive. Tem de arrumar algo paralelo para ocupar a área o melhor possível, para que possa ter lucratividade no espaço, e não só no posto", opina.
Segundo Sueli Daffre, o conceito de loja de conveniência em postos é um modelo que faz sucesso nos Estados Unidos.
"Mas, aqui no Brasil, não consegue decolar na velocidade que deveria porque, para a gente, a conveniência é muito mais a drogaria, a doçaria, não é o mercadinho", afirma. (SM)


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