TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Próximos destinos: interior e litoral do Estado de São Paulo. Essa é a rota de expansão traçada por lojistas e redes que pretendem abrir novas unidades em shopping centers até o final de 2004.
O cenário atual é favorável ao projeto. Segundo dados da Al- shop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers), do total de 77 shoppings previstos para serem inaugurados no país até o final de 2004, 32% estarão em cidades do interior e do litoral paulistas.
Serão 23 novos centros de compras distribuídos em municípios como Campinas, São José dos Campos, Santos, Limeira, São Vicente e Guarujá, entre outros.
O destaque dessa temporada será a cidade de São José do Rio Preto, que ganhará três shoppings, todos eles já com obras iniciadas.
O número supera a previsão para a cidade de São Paulo, onde dois novos centros abrirão as portas no mesmo período.
Na opinião de Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, a interiorização é um fenômeno nacional. "As grandes capitais atravessam um momento de saturação", comenta. "Investir fora delas é a tendência para os próximos anos."
De acordo com Sahyoun, menor custo e possibilidade de entrar numa praça ainda sem concorrentes diretos são os grandes atrativos desses municípios.
"O investimento é menor. Para abrir uma unidade, o lojista gasta de 30% a 40% menos do que gastaria em um shopping da capital", diz. O tempo de retorno também pode ser menor. "A fidelização acontece de forma mais rápida e sincera. Os moradores gostam de consumir de quem está trazendo empregos para a região deles."

Cuidados
Mas antes de decidir por apostar alto nessa alternativa, é bom saber que alguns cuidados são extremamente necessários. Familiarizar-se com os hábitos de consumo da região é o primeiro deles. Para tanto, uma pesquisa de mercado bem-feita tem importância fundamental para o empreendedor.
Os tarimbados em crescimento dão outras receitas práticas. Gerente de expansão da rede Habib's -que já possui lojas em cidades como São José dos Campos e Taubaté-, João Augusto Ribeiro Pena recomenda aos potenciais franqueados que esperem os shoppings "se estabilizarem". "Nunca entramos quando a operação é incipiente", ensina.
Apesar da cautela, Pena reconhece o potencial dos mercados fora da capital paulista. "Em todas as unidades já abertas o retorno tem sido bom. A possibilidade de desbravar um mercado sem concorrentes existe", comenta.
Já o plano de expansão da rede de lava-rápido Dry Wash inclui oito lojas no interior e no litoral de São Paulo em 2003, de uma meta de 37 inaugurações no Brasil. "Temos total interesse nesse mercado", enfatiza Lito Rodriguez, diretor-presidente da franqueadora.
Rodriguez encara essa região como "a segunda metrópole de consumo do país". "Para nós que atuamos com automóveis, é um pólo muito promissor", conclui.


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