ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Escolher um brinde personalizado para presentear funcionários, clientes e fornecedores é uma tarefa desgastante. O setor tem cerca de 3.500 empresas no país, que produzem aproximadamente 5.000 tipos diferentes de produtos, englobando desde o artesanal até o manufaturado.
Considerando o retorno dessa iniciativa para alavancar os negócios, estreitar relacionamentos e reter os clientes da empresa, contudo, vale a pena perder algumas horas do dia para fazer cotações e escolher o produto certo.
Segundo Fábio Bom Ângelo, presidente da Anfab (Associação Nacional dos Fabricantes de Brindes e Produtos Promocionais), o brinde é considerado um tipo de mídia que deve interagir com o seu público-alvo. Para tanto, é importante atingir determinada faixa etária, e, além disso, ser "politicamente correto". "Um evangélico não vai gostar de receber uma agenda com ilustrações de anjos ou com símbolos cabalísticos."
O brinde também deve ser ecologicamente correto. "Antigamente, dar um cinzeiro transmitia o alto status da empresa, mas hoje esse brinde está em baixa devido às campanhas antitabagistas", exemplifica Ângelo.
Apesar de o setor ter deixado de ser sazonal, os brindes para o final de ano são muito requisitados, o que significa que escolher um produto em cima da hora pode acarretar atrasos e acabamento insatisfatório para o cliente.

Brindes solidários
Os produtos feitos por comunidades, artesãos e ONGs e confeccionados com matérias-primas naturais estão conquistando cada vez mais espaço nesse setor.
Segundo Eliana Tiezzi Nascimento, coordenadora do projeto Papel de Gente, a reciclagem de papel produz uma cultura de respeito ao homem e ao ambiente. A entidade utiliza a criatividade do trabalho de pessoas com transtornos psíquicos e obtém resultados favoráveis para ambos.


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