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NOVOS DESTINOS
Viagens de incentivo ganham força
Baseado em estímulos aos bons funcionários, modelo cresce nos EUA e já tem adeptos aqui
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Dentro da tendência de especialização, um ramo chama a
atenção no turismo corporativo: o de viagens de incentivo.
Utilizada por empresas que
premiam seus funcionários, a
iniciativa ganha adeptos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, de US$ 40 bilhões destinados ao marketing promocional,
US$ 15 bilhões são para viagens
de incentivo, segundo Edmundo Monteiro Almeida, vice-presidente de desenvolvimento setorial da Ampro (Associação de Marketing Profissional).
"É um setor que está crescendo e há muitas possibilidades
de negócio nesse mercado."
Acompanhando a tendência,
o Ministério do Turismo criou
a Diretoria de Lazer e Incentivos, cujo objetivo é desenvolver
ações específicas em feiras especializadas nesse mercado.
Um dos pioneiros no ramo,
Ibrahim Georges Tahtouh, da
operadora IT-Viagem, diz ter
percebido um incremento desse segmento há dois anos.
"Entre 1986 e 1991 houve um
boom de viagens de incentivo.
Depois, um período de ressaca,
no qual as empresas enxugaram seus recursos. Hoje noto a
retomada dessas viagens", diz.
Especializada em empresas
japonesas no Brasil, a empresária Mami Fumioka, da Quickly
Travel, percebeu a tendência e
estendeu o atendimento de viagens para as de incentivo.
"Escolho com os clientes o
destino, a acomodação e todos
os detalhes dos passeios. É preciso entender a necessidade da
empresa, que chega a pagar viagens para cem pessoas", diz.
Contraponto
Mas nem todos se mostram
animados com o novo formato.
Oscar Marques, proprietário da
agência Gabbiano Viagens, por
exemplo, diz que as viagens de
incentivo não apresentaram o
resultado desejado: "Muitos
funcionários trocaram a viagem por dinheiro".
Segundo a professora Elizabeth Wada, da Anhembi Morumbi, trata-se de um nicho
que exige especialização.
"A jornada deve ser personalizada e planejada. Não pode ser
um pacote pronto", ressalta.
"Deve ser uma viagem inesquecível. O profissional tem de
sentir a gratificação da empresa por seus serviços, caso contrário, não se empenhará tanto
da próxima vez", diz Tahtouh.
A professora Denise Torello,
do Senac-SP, enfatiza a importância da divulgação. "Por ser
desconhecido, as empresas que
prestam esse serviço devem divulgá-lo com veemência."
(MCN)
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