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NO RASTRO DO CRÉDITO
Bancos públicos preparam linhas para micro e pequena
Instituições investem em recursos para capital de giro e juros menores
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os bancos públicos brasileiros preparam linhas de crédito
para empresas, incluindo micro, pequenas e médias, com
vista ao cenário de crise.
Um deles é a Caixa Econômica Federal, que deve lançar
duas ainda neste semestre.
A primeira será de capital de
giro, que contempla carência
de até seis meses para o pagamento, e a outra, de antecipação de recebíveis para fornecedores de entes públicos.
Em janeiro, o banco lançou
sua linha para financiamento
de equipamentos com recursos
próprios, batizada de Bens de
Consumo Duráveis para Pessoa Jurídica, segundo antecipou a Folha em setembro.
As linhas fazem parte de uma
estratégia do banco para ampliar a carteira de MPEs.
No ano passado, o crédito comercial da instituição cresceu
43%. O destinado a micro e pequenas, no entanto, registrou
crescimento de 27%.
"A suposta crise foi uma
oportunidade para [o crescimento da] Caixa", assinala Zaqueu Ribeiro, superintendente
do segmento de MPEs.
Cartão BNDES
Atualmente, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
tem sete cartas de pedido de
instituições financeiras para
passar a trabalhar com o cartão
destinado a micro e pequenas,
diz Cândida Cervieri, do Ministério do Desenvolvimento.
Uma delas é o Banco do Nordeste. Contudo, o banco paralisou temporariamente as discussões e decidiu lançar seu
próprio produto a MPEs.
Com verba do Fundo Constitucional do Nordeste, o objetivo do cartão é oferecer taxas de
juros ainda mais baixas. O produto deve ficar pronto em agosto e não tem nome definido.
"Concluímos que viabilizar
um produto nosso com nossa
fonte sairia mais barato no final
do processo. Mas o Cartão
BNDES não está descartado.
Não foi abandonado", adianta
Edilson Medeiros, gerente de
produtos e crédito especializado do Banco do Nordeste.
Juros menores
Quem também tem planos
de aumentar a carteira de
MPEs é o Banco do Brasil.
Desde o começo do ano, a
instituição reduziu, em média,
30% suas taxas para micro e pequenas empresas, informa
Kedson Pereira Macedo, gerente-executivo da Diretoria de
Micro e Pequenas Empresas.
O Banco da Amazônia trabalha com planos de ampliar em
30% a carteira do segmento
neste ano. A ideia é chegar a R$
37 milhões em desembolsos.
6%
foi quanto as linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal cresceram em janeiro deste ano em relação a dezembro
do ano passado
30%
foi a variação negativa média das taxas de juros para micro e pequenas
no Banco do Brasil este ano, segundo
o gerente-executivo da diretoria de
MPEs, Kedson Macedo
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