São Paulo, domingo, 08 de março de 2009


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NO RASTRO DO CRÉDITO

Bancos públicos preparam linhas para micro e pequena

Instituições investem em recursos para capital de giro e juros menores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os bancos públicos brasileiros preparam linhas de crédito para empresas, incluindo micro, pequenas e médias, com vista ao cenário de crise.
Um deles é a Caixa Econômica Federal, que deve lançar duas ainda neste semestre.
A primeira será de capital de giro, que contempla carência de até seis meses para o pagamento, e a outra, de antecipação de recebíveis para fornecedores de entes públicos.
Em janeiro, o banco lançou sua linha para financiamento de equipamentos com recursos próprios, batizada de Bens de Consumo Duráveis para Pessoa Jurídica, segundo antecipou a Folha em setembro.
As linhas fazem parte de uma estratégia do banco para ampliar a carteira de MPEs.
No ano passado, o crédito comercial da instituição cresceu 43%. O destinado a micro e pequenas, no entanto, registrou crescimento de 27%.
"A suposta crise foi uma oportunidade para [o crescimento da] Caixa", assinala Zaqueu Ribeiro, superintendente do segmento de MPEs.

Cartão BNDES
Atualmente, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem sete cartas de pedido de instituições financeiras para passar a trabalhar com o cartão destinado a micro e pequenas, diz Cândida Cervieri, do Ministério do Desenvolvimento.
Uma delas é o Banco do Nordeste. Contudo, o banco paralisou temporariamente as discussões e decidiu lançar seu próprio produto a MPEs.
Com verba do Fundo Constitucional do Nordeste, o objetivo do cartão é oferecer taxas de juros ainda mais baixas. O produto deve ficar pronto em agosto e não tem nome definido.
"Concluímos que viabilizar um produto nosso com nossa fonte sairia mais barato no final do processo. Mas o Cartão BNDES não está descartado. Não foi abandonado", adianta Edilson Medeiros, gerente de produtos e crédito especializado do Banco do Nordeste.

Juros menores
Quem também tem planos de aumentar a carteira de MPEs é o Banco do Brasil.
Desde o começo do ano, a instituição reduziu, em média, 30% suas taxas para micro e pequenas empresas, informa Kedson Pereira Macedo, gerente-executivo da Diretoria de Micro e Pequenas Empresas.
O Banco da Amazônia trabalha com planos de ampliar em 30% a carteira do segmento neste ano. A ideia é chegar a R$ 37 milhões em desembolsos.

6%

foi quanto as linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal cresceram em janeiro deste ano em relação a dezembro do ano passado

30%

foi a variação negativa média das taxas de juros para micro e pequenas no Banco do Brasil este ano, segundo o gerente-executivo da diretoria de MPEs, Kedson Macedo



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