São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007


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APOSTA VIRTUAL

Empresários miram objetos de desejo do participante virtual

Estética corporal e roupas rendem dinheiro real

DA REPORTAGEM LOCAL

Não são apenas as empresas que estão preocupadas em como vão aparecer na tela do Second Life. Cuidando da aparência virtual, os participantes são fonte de receita para quem aposta em estética e roupas.
Os empresários miram em objetos de desejo dos avatares, como tipo de pele e formato de corpo, cabelos e roupas.
Nessa transação, só os artigos são virtuais. O dinheiro, recebido em linden dólares, moeda oficial do Second Life, pode ser convertido em reais -142 linden dólares valem R$ 1.
A Studiografics, especializada em projetos em 3D, por exemplo, arrecadou em um mês o equivalente a R$ 20 mil.
Rubiano Natanael de Oliveira, 30, diretor da empresa, explica que desenvolveu produtos em seis segmentos -construções pré-fabricadas, móveis, sex shop, pele, acessórios e carros. Comprou uma ilha de 65 m2, montou um shopping e passou a comercializar os itens.
As peles de avatar custam R$ 15 na moeda local e, segundo Oliveira, representam 50% do montante obtido com as vendas no shopping virtual.
O investimento de R$ 60 mil, estima, deve ser recuperado em quatro meses. "Cerca de 80% das vendas são para estrangeiros, especialmente da Itália, da França, da Alemanha e dos EUA", destaca. Os produtos são apresentados em inglês.

Nicho para tecnologia
A elaboração de itens virtuais para vender é uma alternativa para a firma, mas não a única, diz o consultor Jean Liberato, especialista em Second Life.
"Empresas de tecnologia, mais especificamente desenvolvedores de sistemas, softwares e hardwares capazes de melhorar a integração do Second Life com a web, e produtoras artísticas com familiaridade de criação em 3D podem obter resultados [financeiros] interessantes", avalia Liberato.
Mesmo afirmando que o Second Life "é um movimento temporário que vai durar dois ou três anos", já que "não há tempo suficiente nem mesmo para a "primeira vida'", o presidente da DigiPronto, Cristiano Miano, 27, apostou na "breve" existência do metaverso. Alugou uma ilha e passou a construir projetos para empresas.
Criou também uma feira permanente de tecnologia para agrupar firmas de todos os portes desse setor e desenvolveu um restaurante para uma franquia de comida japonesa.
"O grande desafio é atrair público. Para isso, vamos criar esse núcleo [de empresas] e mantê-lo por seis meses", avalia Miano, acrescentando que o aluguel de um estande padrão na feira custa R$ 1.000. (RB)


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