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APOSTA VIRTUAL
Empresários miram objetos de desejo do participante virtual
Estética corporal e roupas rendem dinheiro real
DA REPORTAGEM LOCAL
Não são apenas as empresas
que estão preocupadas em como vão aparecer na tela do Second Life. Cuidando da aparência virtual, os participantes são
fonte de receita para quem
aposta em estética e roupas.
Os empresários miram em
objetos de desejo dos avatares,
como tipo de pele e formato de
corpo, cabelos e roupas.
Nessa transação, só os artigos
são virtuais. O dinheiro, recebido em linden dólares, moeda
oficial do Second Life, pode ser
convertido em reais -142 linden dólares valem R$ 1.
A Studiografics, especializada em projetos em 3D, por
exemplo, arrecadou em um
mês o equivalente a R$ 20 mil.
Rubiano Natanael de Oliveira, 30, diretor da empresa, explica que desenvolveu produtos em seis segmentos -construções pré-fabricadas, móveis,
sex shop, pele, acessórios e carros. Comprou uma ilha de 65
m2, montou um shopping e
passou a comercializar os itens.
As peles de avatar custam R$
15 na moeda local e, segundo
Oliveira, representam 50% do
montante obtido com as vendas no shopping virtual.
O investimento de R$ 60 mil,
estima, deve ser recuperado
em quatro meses. "Cerca de
80% das vendas são para estrangeiros, especialmente da
Itália, da França, da Alemanha
e dos EUA", destaca. Os produtos são apresentados em inglês.
Nicho para tecnologia
A elaboração de itens virtuais
para vender é uma alternativa
para a firma, mas não a única,
diz o consultor Jean Liberato,
especialista em Second Life.
"Empresas de tecnologia,
mais especificamente desenvolvedores de sistemas, softwares e hardwares capazes de melhorar a integração do Second
Life com a web, e produtoras
artísticas com familiaridade de
criação em 3D podem obter resultados [financeiros] interessantes", avalia Liberato.
Mesmo afirmando que o Second Life "é um movimento
temporário que vai durar dois
ou três anos", já que "não há
tempo suficiente nem mesmo
para a "primeira vida'", o presidente da DigiPronto, Cristiano
Miano, 27, apostou na "breve"
existência do metaverso. Alugou uma ilha e passou a construir projetos para empresas.
Criou também uma feira permanente de tecnologia para
agrupar firmas de todos os portes desse setor e desenvolveu
um restaurante para uma franquia de comida japonesa.
"O grande desafio é atrair público. Para isso, vamos criar esse núcleo [de empresas] e mantê-lo por seis meses", avalia
Miano, acrescentando que o
aluguel de um estande padrão
na feira custa R$ 1.000.
(RB)
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