São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006


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DE OLHO NA REDE

Baixo custo é chamariz de loja virtual

Tecnologia variada é outro aspecto mencionado por empresários que investem na internet

Roberto Assunção/Folha Imagem
Atualmente, há empresas de vários segmentos que atuam somente na internet, de vestuário a lojas de CDs e de DVDs


LUISA PAIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Economizar nos custos fixos e ainda dispor de ferramentas tecnológicas para criar diferentes formas de vender produtos e serviços são os principais atrativos para as empresas que se dedicam apenas à internet.
Legalizado em 1996, o e-commerce (comércio eletrônico) cresce 50% ao ano e já conta com 5 milhões de pessoas habituadas a fazer compras por meio da rede virtual no Brasil.
Não ter um local físico significa não pagar aluguel, reduzir o número de funcionários, economizar em gastos como telefone e manutenção do espaço. O custo operacional cai por volta de 80%, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Há dois anos, Ana Carolina de Stefano, 25, começou a costurar bonecas e bolsas de pano em sua casa e a divulgar aos amigos por e-mail e via comunidades existentes na internet. No boca-a-boca e no "e-mail-a-e-mail", sua marca registrada, a Amigas de Pano, tornou-se conhecida rapidamente.
"Apesar do grande número de clientes, o produto se divulgou mais do que a marca", revela Bruno de Stefano, 22, irmão de Carolina que entrou no negócio para criar o website e fortalecer o nome da empresa.
"Como não temos muito capital, a melhor opção é a loja virtual. Podemos divulgar coleções, centralizar nossa imagem e as ações de marketing e ter um canal mais eficaz de comunicação com o cliente", avalia.
Bruno, que já trabalhou com e-commerce em bancos, afirma que não é necessário mais de R$ 10 mil para investir em segurança, em ferramentas que facilitem a navegação no site e em propaganda. "É um custo que se paga rapidamente."
Além de apresentar menor custo fixo, segundo especialistas, as firmas virtuais podem também ser mais rentáveis. "A internet concentra compradores das classes A e B. Mesmo que seja uma empresa pequena, tendo uma vitrine voltada para pessoas com alto poder aquisitivo, o valor médio das compras é maior", explica o consultor Cid Torquato.

Tecnologia
O comércio on-line possibilita a criação de ferramentas e serviços que antes não existiam -e que se tornam um diferencial atrativo, mesmo em um segmento tradicional.
Por exemplo, na Camiseteria, loja virtual de camisetas, designers de estampas colocam seus trabalhos para serem votados na rede por dez dias e, a cada 40 dias, seis modelos são lançados com as figuras escolhidas pelos internautas.
"O criador ganha um prêmio, e o consumidor escolhe o que quer vestir. Com isso, temos 25 mil clientes cadastrados no site e um trânsito de 9.000 pessoas por dia", conta Rodrigo David, 30, idealizador da empresa.
A criação de uma comunidade na página também é uma forma de agradar ao público. "As pessoas conversam conosco e entre elas. Assim, sabemos que é importante valorizar a segurança, os prazos de entrega e o investimento em tecnologia."


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