|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Baixo custo de loja virtual é chamariz para empresários
Tecnologia variada é outro aspecto mencionado por empreendedores que comercializam pela internet
LUISA PAIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Economizar nos custos fixos
e ainda dispor de ferramentas
tecnológicas para criar diferentes formas de vender produtos
e serviços são os principais
atrativos para as empresas que
se dedicam apenas à internet.
Legalizado em 1996, o e-commerce (comércio eletrônico) cresce 50% ao ano e já conta
com 5 milhões de pessoas habituadas a fazer compras por
meio da rede virtual no Brasil.
Não ter um local físico significa não pagar aluguel, reduzir o
número de funcionários, economizar em gastos como telefone e manutenção do espaço,
entre outros diferenciais.
O custo operacional cai por
volta de 80%, segundo o Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas).
Há dois anos, Ana Carolina
de Stefano, 25, começou a costurar bonecas e bolsas de pano
em sua casa e a divulgar aos
amigos por e-mail e via comunidades existentes na internet.
No boca-a-boca e no "e-mail-a-e-mail", sua marca registrada, a
Amigas de Pano, tornou-se
conhecida rapidamente.
"Apesar do grande número
de clientes, o produto se divulgou mais do que a marca", revela Bruno de Stefano, 22, irmão
de Carolina que entrou no negócio para criar o website e fortalecer o nome da empresa.
"Como não temos muito capital, a melhor opção é a loja
virtual. Podemos divulgar coleções, centralizar nossa imagem
e as ações de marketing e ter
um canal mais eficaz de comunicação com o cliente", avalia.
Bruno, que já trabalhou com
e-commerce em bancos, afirma
que não é necessário mais de
R$ 10 mil para investir em segurança, em ferramentas que
facilitem a navegação no site e
em propaganda. "É um custo
que se paga rapidamente."
Além de apresentar menor
custo fixo, segundo especialistas, as firmas virtuais podem
também ser mais rentáveis.
"A internet concentra compradores das classes A e B. Mesmo
que seja uma empresa pequena, tendo uma vitrine voltada
para pessoas com alto poder
aquisitivo, o valor médio das
compras é maior", explica o
consultor Cid Torquato.
Tecnologia
O comércio on-line possibilita a criação de ferramentas e
serviços que antes não existiam
-e que se tornam um diferencial atrativo, mesmo em um
segmento tradicional.
Por exemplo, na Camiseteria, loja virtual de camisetas,
designers de estampas colocam
seus trabalhos para serem votados na rede por dez dias e, a
cada 40 dias, seis modelos são
lançados com as figuras escolhidas pelos internautas.
"O criador ganha um prêmio,
e o consumidor escolhe o que
quer vestir. Com isso, temos 25
mil clientes cadastrados no site
e um trânsito de 9.000 pessoas
por dia", conta Rodrigo David,
30, idealizador da empresa.
A criação de uma comunidade na página também é uma
forma de agradar ao público.
Texto Anterior: Pintor explora vantagens da venda pela web Próximo Texto: Entrevista: Persuasão é mudar positivamente sem custo, diz psicólogo Índice
|