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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003


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O VAIVÉM DOS FAST FOODS

Grandes redes como Starbucks podem vir ao país; outras, como KFC e Subway, devem voltar

Fast food agita mercado de franquias

Fernando Moraes/Folha Imagem
O casal Sayuri e Eloi Takeuchi, que abrirá franquia da Spedini Trattoria Express em um shopping


EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ano de 2003 promete ser bastante agitado para o mercado de redes de franquias de fast food: a movimentação de marcas envolverá desde as que pretendem sair das fronteiras do país até as que vão aportar por aqui em busca de novos consumidores.
A maior expectativa é o retorno às praças de alimentação de velhas conhecidas que ficaram ausentes sobretudo por problemas de adaptação ao Brasil.
A norte-americana Subway (sanduíches em baguete) é um exemplo. A rede chegou a possuir cerca de 50 lojas no país. Mas a desistência, no meio do percurso, do coordenador local das franquias (master franqueado) fez com que o projeto saísse dos trilhos.
"Hoje, em vez do master franqueado, há um representante, o agente de desenvolvimento, que visita as lojas mensalmente e cuida da padronização", explica Manuela Leal, 33, dona de uma das franquias sobreviventes.
A idéia é que cada franqueado tenha contato direto com a matriz nos Estados Unidos. Leal diz considerar essa forma de relação "mais segura". "Não há intermediários, o contrato é bilíngue." A rede já voltou a negociar a abertura de lojas em São Paulo.
Outra que esteve instável nos últimos anos foi a Domino's Pizza. A marca chegou em 1993, mas fechou a maioria dos pontos em 1996. "Faltou adaptação do produto ao gosto do brasileiro", analisa Vicente Battista, 38, atual diretor de desenvolvimento. "E o retorno viável não era compatível com o volume de investimentos."
Houve necessidade de refazer a "lição de casa". Um novo coordenador, o grupo Alsea, de capital mexicano, assumiu o empreendimento para atingir a expansão. "Estamos em busca de mais oito pontos em São Paulo e seis no restante do país", informa Battista.
A Alsea pretende introduzir no mercado brasileiro outra franquia norte-americana de peso, a Starbucks, rede de cafés que possui quase 6.000 unidades no mundo. Já estão em andamento negociações com possíveis franqueados.
Na "bola de cristal" dos consultores de franquias, figura ainda a volta da KFC (Kentucky Fried Chicken), também dos Estados Unidos, que esteve no Brasil na década de 90, mas que acabou deixando o mercado nacional.



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