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BALANÇO
Item já perturba industriais quase como impostos
Custo dos insumos incomoda 67% mais
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O custo das matérias-primas
está alcançando a carga tributária
no centro das preocupações do
pequeno industrial paulista. É o
que indica pesquisa realizada pelo
Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São
Paulo) com 130 empresas.
Em 1992, quando o Simpi fez o
primeiro levantamento da série,
44,5% dos entrevistados apontaram os impostos como o principal problema, enquanto 14,1%
expressavam apreensão com gastos em matérias-primas.
Dez anos depois, caiu para
24,5% a parcela de industriais que
se inquietam com a carga tributária e subiu para 23,5% a fatia dos
que vêem nos insumos a maior
preocupação - um crescimento de
66,7% em relação a 1992.
"Desde o lançamento do Simples, a questão de impostos passou a preocupar menos", explica
Joseph Couri, presidente do Simpi. Ele diz que as matérias-primas
produzidas no Brasil foram valorizadas no mercado externo. "Os
fornecedores passaram a exigir
preços bem altos também dos
compradores nacionais."
A atenção com a "política" também cresceu na última década.
Em 92, 1,7% declarou preocupação com o quesito. Em 2002, o
medo da elevação de taxas de juros e de movimentos especulativos ampliou para 10% esse índice.
O estudo mostra ainda que em
2002 o UCI (Uso da Capacidade
Instalada), principal termômetro
de pequenas indústrias, foi de
60,3%. É o maior índice de ociosidade desde 98, quando o UCI
atingiu 56,1%.
(JULIANA GARÇON)
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