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Represado nos últimos meses, o franchising cresce e atrai Lupa Lupa, PostNet, PPA e Siciliano
ABF prevê retomada de crescimento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A movimentação do sistema de
franquias em 2003 não será exclusividade do segmento de alimentação. De acordo com o termômetro da ABF (Associação Brasileira
de Franchising), o faturamento
do setor como um todo deve aumentar cerca de 10% neste ano,
em relação aos números de 2002.
Prova disso é que para a Franchising Expo, feira a ser realizada
em junho em São Paulo, já foi
vendido espaço 35% superior em
relação ao ocupado em 2002.
"O mercado ficou represado
nos últimos meses, já que os investidores encontravam muitas
"desculpas" para não fazer negócio", diz André Giglio, 32, sócio-diretor da consultoria Francap,
referindo-se à mudança de governo e à oscilação do câmbio.
Grandes marcas reforçam a tese
dos consultores. É o caso da PPA,
empresa de automação de portões que quer ampliar suas redes
de distribuição e de revenda.
A companhia tem hoje 87 distribuidoras no país, que operam segundo princípios do sistema de
franchising, mas sem uniformização de regras e de procedimentos.
Uma consultoria especializada
foi encarregada de criar um modelo formatado e auxiliar na coordenação do processo de expansão. "Queremos chegar a 200
unidades até 2004", declara o vice-presidente, Wagner Peres, 32.
A procura por novos franqueados
deve começar em abril.
Em um segundo momento, a
PPA pretende correr atrás de uma
estrutura semelhante para sua rede de revendedores. Peres salienta
que a "formatação estratégica" faz
diminuir o raio de ação de "aventureiros" no ramo de segurança
eletrônica, em que opera a empresa. "É um segmento muito novo,
ainda em expansão", lembra.
Campo de visão
Sob a égide de uma tradição de
75 anos e de 56 pontos-de-venda
no país, a livraria Siciliano planeja
sua inserção no mercado de franquias. "O projeto está em estudo.
Queremos aproveitar o valor da
marca da melhor forma possível",
define Marcarian Martins, 45, diretor de operações da empresa.
Até organizações com campo
de atuação limitado querem estender seus "tentáculos", mesmo
que internamente. É o caso da Lupa Lupa, que vende óculos de estilo moderno há seis anos e começou em feiras como a Mundo Mix.
A rede possui hoje seis lojas no
Rio de Janeiro, mas agora quer ser
vista também em outros Estados.
Para tanto, planeja abrir 60
franquias. Duas operações pilotos
já estão em funcionamento.
O sócio Rubens Cohen, 37, conta que "os pedidos de representação têm crescido ano a ano", mas
a expansão foi contida até que fosse estabelecida uma infra-estrutura compatível com as necessidades de possíveis franqueados.
"Em maio abriremos as portas
para os candidatos", prevê.
Na PostNet, acelerar é a palavra
de ordem. A rede presta serviços
dirigidos para empresas, como
coleta e entrega de encomendas, e
possui cinco pontos no Brasil.
Pouco para quem tem 900 unidades em 15 países, pondera Romildo Coutinho, 47, sócio da Innovation Consulting, grupo que
orientará a expansão prevista.
Em 2003 deverão ser abertas nove lojas. Para intensificar a comunicação com os franqueados, a
empresa utilizará recursos como
fóruns de discussão e treinamentos feitos pela internet.
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