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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003


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Represado nos últimos meses, o franchising cresce e atrai Lupa Lupa, PostNet, PPA e Siciliano

ABF prevê retomada de crescimento

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A movimentação do sistema de franquias em 2003 não será exclusividade do segmento de alimentação. De acordo com o termômetro da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o faturamento do setor como um todo deve aumentar cerca de 10% neste ano, em relação aos números de 2002.
Prova disso é que para a Franchising Expo, feira a ser realizada em junho em São Paulo, já foi vendido espaço 35% superior em relação ao ocupado em 2002.
"O mercado ficou represado nos últimos meses, já que os investidores encontravam muitas "desculpas" para não fazer negócio", diz André Giglio, 32, sócio-diretor da consultoria Francap, referindo-se à mudança de governo e à oscilação do câmbio.
Grandes marcas reforçam a tese dos consultores. É o caso da PPA, empresa de automação de portões que quer ampliar suas redes de distribuição e de revenda.
A companhia tem hoje 87 distribuidoras no país, que operam segundo princípios do sistema de franchising, mas sem uniformização de regras e de procedimentos.
Uma consultoria especializada foi encarregada de criar um modelo formatado e auxiliar na coordenação do processo de expansão. "Queremos chegar a 200 unidades até 2004", declara o vice-presidente, Wagner Peres, 32. A procura por novos franqueados deve começar em abril.
Em um segundo momento, a PPA pretende correr atrás de uma estrutura semelhante para sua rede de revendedores. Peres salienta que a "formatação estratégica" faz diminuir o raio de ação de "aventureiros" no ramo de segurança eletrônica, em que opera a empresa. "É um segmento muito novo, ainda em expansão", lembra.

Campo de visão
Sob a égide de uma tradição de 75 anos e de 56 pontos-de-venda no país, a livraria Siciliano planeja sua inserção no mercado de franquias. "O projeto está em estudo. Queremos aproveitar o valor da marca da melhor forma possível", define Marcarian Martins, 45, diretor de operações da empresa.
Até organizações com campo de atuação limitado querem estender seus "tentáculos", mesmo que internamente. É o caso da Lupa Lupa, que vende óculos de estilo moderno há seis anos e começou em feiras como a Mundo Mix. A rede possui hoje seis lojas no Rio de Janeiro, mas agora quer ser vista também em outros Estados.
Para tanto, planeja abrir 60 franquias. Duas operações pilotos já estão em funcionamento.
O sócio Rubens Cohen, 37, conta que "os pedidos de representação têm crescido ano a ano", mas a expansão foi contida até que fosse estabelecida uma infra-estrutura compatível com as necessidades de possíveis franqueados. "Em maio abriremos as portas para os candidatos", prevê.
Na PostNet, acelerar é a palavra de ordem. A rede presta serviços dirigidos para empresas, como coleta e entrega de encomendas, e possui cinco pontos no Brasil.
Pouco para quem tem 900 unidades em 15 países, pondera Romildo Coutinho, 47, sócio da Innovation Consulting, grupo que orientará a expansão prevista.
Em 2003 deverão ser abertas nove lojas. Para intensificar a comunicação com os franqueados, a empresa utilizará recursos como fóruns de discussão e treinamentos feitos pela internet.



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