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Pesquisas são caras, mas compensam
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As áreas de pesquisa e de distribuição de produtos fitoterápicos
também se revelam pontos a serem explorados, principalmente
quando o assunto é o potencial
dos recursos nacionais.
"No Brasil, há cerca de 55 mil
tipos de plantas e só 1% disso é
estudado do ponto de vista químico e farmacêutico. Importamos US$ 200 bilhões e exportamos US$ 70 bilhões, o que é muito
pouco", analisa Lauro Barata, 60,
pesquisador da Unicamp .
A gerente da Aiala Marketing,
Sandra Aiala de Ancelmo, 36,
concorda. A empresa trabalha
com matéria-prima e distribuição
de produtos e extratos fitoterápicos, e 95% do que movimenta é
importado. "Infelizmente, o Brasil tem pouco investimento em
tecnologia e pesquisa, apesar de
ter muito recurso natural", diz.
Para desenvolver um produto
fitoterápico a partir da planta bruta, são precisos estudos que comprovam sua eficácia, segurança e
qualidade. "Uma pesquisa não sai
por menos de R$ 500 mil e pode
chegar a milhões", diz Aiala.
Segundo o biomédico Sócrates
Calvoso Penna, do Profuturo, o
prazo para desenvolver um produto varia de 4 anos a 15 anos. "Já
o custo parte de US$ 300 mil e
chega a US$ 2 milhões", avalia.
"O ideal é procurar ajuda e parcerias com institutos de pesquisa,
como a Fapesp [Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo" e universidades."
O lucro, de acordo com ele,
também é alto. "Ganha-se cerca
de cem vezes o valor do investimento. Mas um produto que foi
para a prateleira pode ser pago em
até um mês ou em anos, dependendo do seu uso."
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