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SINAL VERDE
Setor cresce 8% ao ano
Ervas movem anualmente R$ 1,4 bilhão
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O chá que combate insônia ou a
planta que resolve dor de barriga
já deixaram de ser soluções caseiras para engrossar a venda de produtos em farmácias ou em outros
estabelecimentos comerciais.
A fitoterapia, como é chamado
o uso de plantas medicinais para
prevenção e tratamento de doenças, é um negócio que movimenta
US$ 22 bilhões no mundo, dos
quais US$ 400 milhões somente
no Brasil (cerca de R$ 1,4 bilhão).
É isso o que afirma uma pesquisa divulgada pelo Profuturo, grupo de estudos da FIA-USP (Fundação Instituto de Administração
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo).
O crescimento previsto para o
setor é de 5% a 8% por ano, segundo o estudo. O número se refere à pesquisa e desenvolvimento
de novos fitoterápicos, mas indica
também o crescimento da demanda por esse tipo de produto.
"Há três anos terminamos a primeira fase do estudo, e a tendência apontada no ramo farmacêutico voltou-se para genéricos e fitoterápicos", acrescenta o biomédico Sócrates Calvoso Penna, 40,
pesquisador do Profuturo.
Na Almaderma, farmácia de
manipulação, homeopatia e fitoterapia, os naturais respondem
por 25% das vendas. "As pessoas
estão procurando mais, e as pesquisas avançam", completa Marcelo Gáspari Pupo, 35, diretor de
franquias da empresa.
Há aqueles que, mesmo não
tendo uma farmácia, incorporam
produtos naturais nas vendas. Na
clínica de estética Biowave, especializada em tratamento de gordura localizada, os chás foram
precursores do tratamento e ainda são procurados. "Começamos
com os chás verdes, só depois vieram os aparelhos. O produto natural ainda é muito vendido", diz
o proprietário Carlos Minoro, 43.
Edmundo Machado Neto, 51,
coordenador de fitoterápicos da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), adverte que os
fitoterápicos são considerados
medicamentos e seguem as regras
aplicáveis a qualquer remédio
sintético, como possuir registro e
atender às restrições, por exemplo.
(ANDREA MIRAMONTES)
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