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COMPRA FRACIONADA
Rico ou pobre, cliente gosta de parcelar a compra
Consumidores de renda alta pagam em menos vezes
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em maior ou menor número
de prestações e com ou sem juros, o fato é que o cliente gosta
de parcelar as suas compras.
Os consumidores de rendas
média alta e alta são os que
mais fazem compras a prazo
com base na concessão de mecanismos de crédito. Os de renda mais baixa também o fazem,
mas com menor freqüência.
As conclusões são do estudo
"Financiamento no Varejo:
Processo de Tomada de Decisão do Consumidor na Aquisição de Crédito", feito pelo Provar-FIA (Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração) e pela consultoria Canal
Varejo e obtido com exclusividade pela Folha.
As instituições ouviram 500
consumidores na cidade de São
Paulo, em setembro de 2007,
sobre suas preferências em relação a meios de pagamento.
Segundo o estudo, enquanto
pessoas de baixa renda preferem parcelar com prazos mais
longos, grupos com renda
maior optam por um número
menor de prestações.
"Isso permite identificar a
preferência pelo financiamento em todos os grupos entrevistados", diz Renata Queiroz, 34,
pesquisadora da Canal Varejo.
Na loja de roupas Maria Simone, os clientes pagam em
até três vezes. "O nosso público
é de renda mais alta e paga em
menos parcelas", afirma a proprietária, Simone Andreta.
Comunicação
Saber informar o cliente das
opções de pagamento influi na
decisão de compra.
De acordo com o estudo do
Provar-FIA e da Canal Varejo,
consumidores de renda média
alta e alta recebem informações sobre o parcelamento
pelos vendedores (39% e 33%,
respectivamente) ou as solicitam no caixa (32% e 27%).
Já da renda média à baixa,
cerca de 80% dos clientes são
comunicados sobre isso por encartes publicitários ou anúncios na própria loja.
O levantamento revela ainda
que o pagamento com cartão de
crédito é a opção mais freqüente entre os consumidores das
rendas alta e média alta.
Sonia Vitaliano, sócia-proprietária da loja de artesanato
Oficina de Agosto, diz que metade dos seus clientes prefere
pagar com cartão. "É mais seguro para nós", avalia.
Consumidores da renda média à baixa, no entanto, preferem comprar com dinheiro.
Boris Hermanson, consultor
jurídico do Sebrae-SP (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), diz que
pequenas empresas têm buscado parceria com bancos de varejo para oferecer um cartão de
crédito da loja aos clientes. "A
medida dilui o risco de inadimplência e estimula a venda."
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