São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008


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em foco

Mercado pet volta-se para a saúde

Serviços com valor agregado e investimentos em pesquisa e equipamentos são essenciais

Marcelo Justo/Folha Imagem
No Bicharada Pet Shop, a clínica e os serviços respondem por 40% do faturamento; os clientes, porém, esbaldam-se em mimos e economizam em consultas com o veterinário

NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado voltado a animais de estimação começa a entrar em sua fase de consolidação. Mais do que nunca, destaca-se quem oferece qualidade e serviços extras e aposta em nichos potenciais, como o de saúde.
Dois fenômenos favorecem o investimento em saúde animal: o aumento da informação sobre a posse responsável -que inclui visitas periódicas ao veterinário, vermifugação e vacinas obrigatórias- e o status de "membros da família" cada vez mais atribuídos aos pets.
Termômetro disso é o desempenho em 2007 da indústria farmacêutica veterinária, com avanço de 12%, segundo o Sindan (sindicato do setor). A venda de doses de vacinas para gatos aumentou 15%.
No Hospital Veterinário Sena Madureira, o faturamento teve crescimento médio anual de 8% nos últimos sete anos.
A sugestão, especifica o diretor clínico do hospital, Mário Marcondes, é investir em equipamentos de ponta, treinamento, parceria com hospitais para desenvolvimento de pesquisas e apostar em ramos como medicina preventiva.
Mesmo as empresas que não são da área médica visualizam benefícios nesse segmento.
A pet shop Cãopanhia das Rações, por exemplo, obteve em 2007 acréscimo de 20% na receita de serviços e atendimento especializado e outros 10% com clínica e farmácia, segundo o sócio Mauricio Santos.

Valor agregado
Outras tendências são os tratamentos para animais idosos e os seguros de vida e de saúde, que têm sido alvos de investimentos de pequenos e grandes.
Para o consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Sergio Diniz, é preciso se diferenciar por meio de serviços. "De táxis para animais a veterinários em domicílio", comenta.
Quem quiser entrar nesse mercado, porém, deve se preparar para enfrentar a resistência dos donos em usar tais produtos e serviços. A necessidade de investir até 60% do lucro em treinamento, pesquisa e tecnologia pode ser outro empecilho.


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