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Mercado pet volta-se para a saúde
Serviços com valor agregado e investimentos em pesquisa e equipamentos são essenciais
Marcelo Justo/Folha Imagem
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No Bicharada Pet Shop, a clínica e os serviços respondem por 40% do faturamento; os clientes, porém, esbaldam-se em mimos e economizam em consultas com o veterinário
NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mercado voltado a animais
de estimação começa a entrar
em sua fase de consolidação.
Mais do que nunca, destaca-se
quem oferece qualidade e serviços extras e aposta em nichos
potenciais, como o de saúde.
Dois fenômenos favorecem o
investimento em saúde animal:
o aumento da informação sobre a posse responsável -que
inclui visitas periódicas ao veterinário, vermifugação e vacinas obrigatórias- e o status de
"membros da família" cada vez
mais atribuídos aos pets.
Termômetro disso é o desempenho em 2007 da indústria farmacêutica veterinária,
com avanço de 12%, segundo
o Sindan (sindicato do setor).
A venda de doses de vacinas
para gatos aumentou 15%.
No Hospital Veterinário Sena Madureira, o faturamento
teve crescimento médio anual
de 8% nos últimos sete anos.
A sugestão, especifica o diretor clínico do hospital, Mário
Marcondes, é investir em equipamentos de ponta, treinamento, parceria com hospitais
para desenvolvimento de pesquisas e apostar em ramos
como medicina preventiva.
Mesmo as empresas que não
são da área médica visualizam
benefícios nesse segmento.
A pet shop Cãopanhia das
Rações, por exemplo, obteve
em 2007 acréscimo de 20% na
receita de serviços e atendimento especializado e outros
10% com clínica e farmácia, segundo o sócio Mauricio Santos.
Valor agregado
Outras tendências são os tratamentos para animais idosos e
os seguros de vida e de saúde,
que têm sido alvos de investimentos de pequenos e grandes.
Para o consultor do Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas)
Sergio Diniz, é preciso se diferenciar por meio de serviços.
"De táxis para animais a veterinários em domicílio", comenta.
Quem quiser entrar nesse
mercado, porém, deve se preparar para enfrentar a resistência dos donos em usar tais produtos e serviços. A necessidade
de investir até 60% do lucro em
treinamento, pesquisa e tecnologia pode ser outro empecilho.
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