São Paulo, domingo, 10 de junho de 2007


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PASSAGEM PARA O MERCADO GLS

Eventos como a Parada do Orgulho GLBT aquecem setor

Cresce procura por agência de turismo especializada no país

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Contando com uma ajuda extra, o mercado de turismo GLS tem despontado no país. Eventos como a Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), que reúne uma média de 234 mil turistas todos os anos, segundo a SP Turismo, colaboram para que as agências de viagem especializadas decolem nesse setor.
Uma das que pegam carona nesse movimento é a Flex Voyage, que oferece atendimento direcionado ao mercado GLS.
A empresa organizou pacotes e trouxe para a edição deste ano do evento, realizado hoje na capital paulista, cem turistas. O interesse do consumidor, no entanto, foi maior que a oferta. Alguns dias antes da parada, a Flex Voyage foi obrigada a trabalhar com lista de espera.
Criada em 2005, a agência oferece outras opções de roteiros em sua cartela de produtos. O investimento, explica um dos sócios da empresa Tiago Carzetta, já foi recuperado.
O crescimento apresentado pela Flex Voyage não é único no mercado. Dados da Abratgls (Associação Brasileira de Turismo GLS) mostram que o movimento aumentou cerca de 30% entre as 27 agências de viagens membros da entidade.
Os índices, contudo, poderiam ser mais expressivos, considera o sócio da agência GLS Friendly Tour Roberto Dunkel.
Segundo ele, é preciso encontrar formas de conquistar esse consumidor. "Há uma falta de cultura [de compra em agências segmentadas]", considera.
Dunkel afirma que as agências têm se mobilizado para suprir algumas lacunas do setor. Para ele, um dos empecilhos -o da falta de tradição do país na formação de grupos de viagem- está sendo sanado com a união das firmas na venda de pacotes com destinos comuns.

Paulicéia
As iniciativas do setor governamental também podem contribuir para impulsionar as agências de turismo GLS.
Um projeto da Subprefeitura da Sé e da Cads (Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual), da Prefeitura de São Paulo, prevê a criação de um centro de informações turísticas e de convivência para esse público.
O núcleo funcionaria no Belvedere 9 de Julho, histórico ponto de encontro gay da cidade. Além de orientações sobre hotéis, restaurantes e casas noturnas, o centro ofereceria também cursos de capacitação e treinamento a funcionários de firmas do setor turístico.
O coordenador da Cads, Cássio Rodrigo, explica que os órgãos preparam um terceiro edital de licitação para selecionar empresas que realizem a reforma do local e que ofereçam capacitação a trabalhadores.
De acordo com ele, ainda não há previsão para que o centro entre em funcionamento. (CR)


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