São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004


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NATAL NA VITRINE

Enfeitar corretamente loja com motivos natalinos embeleza e atrai consumidor

Decoradores apostam no tradicional

PALOMA VARÓN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A alta nos juros -e o anúncio de que ainda haverá outras- é mais um motivo para os comerciantes investirem em atrair os consumidores para as compras do Natal. E não há melhor divulgação, para as lojas, que a vitrine.
Para evitar o arrefecimento das compras, o comerciante tem de expor o seu produto de forma adequada. A opinião é do economista Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo, e ecoada por vitrinistas e profissionais de merchandising.
Segundo a decoradora e empresária Cecília Dale, investir na decoração de Natal "é uma forma de mostrar que está comemorando com o público, uma maneira de mostrar respeito pela clientela".
Na hora de decidir como enfeitar o ponto-de-venda, lojistas e decoradores apostam no estilo retrô. "Neste ano, a tendência é um retorno à decoração tradicional. As cores são vermelho, verde, branco e dourado", diz Conceição Cipolatti, diretora artística da Cipolatti, empresa especializada em decoração de Natal.
Isso significa que a figura do Papai Noel, a árvore de Natal, as renas, os laços e as luzes não podem faltar. As luzes, aliás, são apontadas por todos como um item essencial e que deve vir sempre em quantidade. "Natal é exagero, é como o Carnaval, tem de ter excesso", defende Pedro Pezzuol, que decora fachadas de lojas como Mont Blanc e Tiffany's.
Já o decorador Eduardo Stadnik pondera: "Em uma vitrine de rua, tem de ter muita luz mesmo, para chamar a atenção de quem passa de carro. Mas, num shopping, é preciso ser mais cauteloso, pois, além de os fiozinhos ficarem aparentes, às vezes, as luzinhas concorrem com a iluminação do shopping e perdem brilho."
Para montar a decoração, vale garimpar em vários lugares. As lojas da rua 25 de Março, no centro, são uma boa fonte de matéria-prima. "O importante não é a origem, mas o que se faz com o produto", afirma Stadnik, que acompanhou a reportagem da Folha em diversas lojas para apontar as tendências deste Natal

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