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Natal que se preze tem árvore enfeitada, Papai Noel, laços de fita e muitas luzes. Isso pode ser adaptado a diferentes ambientes, colocado em diferentes contextos, mas dificilmente a decoração vai escapar desses elementos.
O que este ano traz de novidade, de acordo com profissionais de decoração e merchandising visual, é a valorização do lado infantil da festa. "Vai haver uma volta ao infantil, mesmo quando a loja vende produtos para adultos", afirma Pedro Pezzuol, decorador.
A diretora artística Conceição Cipolatti faz coro: "A tendência é valorizar o entusiasmo das crianças. O bom é fazer algo interessante, divertido e chamativo."
Esse toque pode ser dado nos enfeites, como bonequinhos e bichos de pelúcia. Balas, bombons e outros doces também servem para enfeitar a tradicional árvore de Natal. "Árvores e guirlandas podem ser ornamentadas com doces, que, no dia 25, podem ser liberados para as crianças comerem", sugere Eduardo Stadnik.
Como esse universo infantil tem tudo a ver com o lado tradicional do Natal, a infantilização não foge à tendência retrô apontada por especialistas para este Natal.
Para a vitrinista Sylvia Demetresco, tudo é válido. "No Natal, as empresas podem exagerar, e não vejo por que o tema infantil não possa ser forte. A atração para uma vitrine começa com as crianças, e os adultos sempre têm um lado infantil também", afirma.

Emoção
"A gente sabe que as pessoas não compram só por necessidade, a compra é emoção", afirma Cecília Dale, para quem uma vitrine alegre e bonita é o ponto-chave para chamar a atenção da clientela. O apelo infantil, com bichinhos em movimento e luzes e cores em profusão, só ajuda.
A opinião é corroborada por Demetresco (leia entrevista abaixo), que, diferentemente dos outros entrevistados, cita filmes e tópicos futuristas como temas para o próximo Natal. (PV)

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