São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010


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Atual perfil da família acentua problema de escolha de gestores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mudança do perfil das famílias provocou uma alteração na sucessão de empresas.
Com maior frequência de divórcios no país e ocorrência de novos casamentos, características bastante acentuadas nos últimos 20 anos, há cada vez mais herdeiros.
Nessa nova configuração, a divisão do patrimônio fica mais complexa, diz o advogado Miguel Silva, especializado em direito empresarial.
Ele destaca que nem sempre o primeiro casamento termina bem. Por vezes, acrescenta, há mais herdeiros que espaço para sucessores. E o proprietário ainda tem de lidar com os casos em que os filhos não têm um bom relacionamento entre si.
O professor da ESPM Eduardo Najjar tem outro exemplo de como a nova configuração familiar pode comprometer as atividades e a lucratividade na empresa.
Segundo ele, uma companhia na Bahia perdeu um dos herdeiros em um acidente de motocicleta. Pouco depois, a família descobriu que o empresário tinha um filho fora do casamento, que recebia pensão alimentícia.
Após a morte, a mãe desta criança conseguiu, por meio da Justiça, embargar as vendas da empresa por três meses a fim de assegurar o patrimônio a que seu filho tinha direito.
Para evitar conflitos de qualquer natureza, o advogado orienta a definir bem entre todos "o que é família e o que é sociedade". "A confusão entre os limites das duas é péssima e gera conflitos na empresa", afirma Miguel Silva.
Quando há um planejamento e a determinação de responsabilidades no negócio, as chances de problemas se diluem. (BB)


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