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TECNOLOGIA EM ALTA
TI é arma para tomada de decisões
Automatização e integração de processos em pequenas firmas crescem 300% em três anos
RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL
A informática parece estar
mais acessível aos empresários.
Em 2001, por exemplo, 78,8%
das indústrias brasileiras que
tinham entre cinco e 29 funcionários não utilizavam TI (tecnologia da informação) em seus
processos ou faziam uso apenas
de aplicações de escritório, como programas de acesso à internet e correio eletrônico.
Três anos depois, esse índice
havia baixado para 62,9%.
As firmas que contavam com
todos ou com a maioria dos
processos automatizados e integrados a um sistema central
somavam 4% em 2001. Em
2004, subiram para 15,8%.
Os dados fazem parte de um
estudo elaborado pela empresa
de pesquisas Sensus em parceria com a London Business
School entre maio e junho do
ano passado, com 500 empresas de diversos ramos.
"Tem havido um crescimento significativo na adoção de TI.
Nas firmas que têm entre 50 e
90 empregados, as que contam
com todos os processos integrados passaram de 12,4% para
28,9% em apenas três anos",
avalia o professor de economia
do Ibmec São Paulo Naercio
Aquino Menezes Filho, coordenador do estudo no Brasil.
Entre os motivos para o aumento, segundo Menezes Filho, estão a percepção do empresário de que a informatização pode oferecer mais agilidade na tomada de decisões e o
aumento da produtividade.
"É possível impulsionar a
produtividade da firma em até
60% com a adoção de TI."
O economista Marco Aurélio
Bedê, coordenador de pesquisas econômicas do Sebrae-SP
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas),
ressalta que nem sempre a informatização é essencial para o
aumento da produtividade.
"Nas atividades que requerem mão-de-obra intensiva e
que fazem uso de pouca tecnologia na produção, o uso de TI
pode não agregar muito ao negócio. Peixarias, açougues e armarinhos, por exemplo, não
têm retorno do investimento."
Mais longe
O empresário Fabio Cesar
dos Santos, 33, não tinha do
que reclamar. Sua fábrica de
abajures e luminárias, a Imaf,
cresceu 100% entre 1996 e
2000. No entanto, o salto veio
mesmo em 2001, quando Santos informatizou a firma.
"Nos últimos quatro anos
houve crescimento de 400%",
afirma, acrescentando que a
Imaf produzia apenas para alguns Estados e, hoje, envia seus
itens para todo o país e parte da
América Central. "Sem informatizar, não teria tido condições de crescer tanto."
Os benefícios dos sistemas,
conta Santos, são visíveis. "Era
freqüente ter de parar a produção por falta de matéria-prima.
Agora, tenho o suficiente para
sete dias", compara.
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