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INOVAÇÃO
Fapesp subsidia pesquisas para pequenas; na USP, empreendedorismo vira disciplina
Projeto aproxima ciência e mercado
DA REDAÇÃO
O mundo das pesquisas e o
mundo das empresas nem sempre falam a mesma língua, mas
programas como o Pipe (Projeto
de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas), da Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo), podem
ser o pontapé inicial para um melhor entendimento entre os dois.
Desde 1997, ano em que o Pipe
foi criado, foram liberados R$ 55
milhões. O número total de projetos financiados é de 332, sendo
que 160 passaram para a segunda
etapa, a de desenvolvimento.
Giuseppe Antonio Cirino, 32,
engenheiro de pesquisas da Eletroppar, é um dos que estão
aguardando liberação de verba
para a segunda fase.
O projeto que ele coordena, inédito, segundo diz, vai desenvolver
lentes que, por meio de um filtro
óptico, consigam discernir se um
corpo é um homem ou um animal doméstico, para fazer disparar um alarme. Tudo isso levando
em conta a quantidade de calor
emitida pelo corpo em questão.
Seu orçamento, de R$ 75 mil, foi
aprovado na primeira fase. Para
conseguir os R$ 290 mil que quer
para a fase seguinte, terá de apresentar material mais detalhado.
"Eles são rigorosos na avaliação.
Esse tipo de programa é fundamental para gerar produtos de
impacto na nossa economia."
Para Carlos Vogt, presidente da
Fapesp, é preciso "transformar a
atitude de empresários e pesquisadores no envolvimento com a
inovação para o mercado".
Um outro exemplo de parceria
entre pesquisa e mercado acontece na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Alunos de
engenharia mecatrônica têm a
disciplina empreendedorismo, e
uma empresa já foi constituída a
partir das aulas. O currículo foi
elaborado com a Eccelera (gestão
de capital de desenvolvimento).
Flavio Morato Galvão, 23, fazia
engenharia civil quando foi convidado por dois amigos, os gêmeos Rodrigo e Ricardo Chen, 23,
para freqüentar a disciplina.
Após o curso, com R$ 1.000,
abriram a Compra Universitária
(www.comprauniversitaria.com.br). Pelo site, vendem itens
como livros e calculadoras para
estudantes com preço abaixo do
de mercado. "Ganhamos na
quantidade", diz Galvão, que trocou a engenharia pelo marketing.
"Temos centros de excelência e
há capital intelectual a ser desenvolvido para abrir negócios, mas
faltava um catalisador que mostrasse essa via", diz Edson Bouer,
diretor de negócios da Eccelera.
Fapesp: www.fapesp.br
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